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Tenho um cansaçoque me contorna o corpoaqui chegadoaprovo a definiçãodo que foi a minha vidaum desencontroum desacertoum desconcertoeste cansaço é a quedado corpotudo é inseguroé póé água paradaé casa abandonadaé ave atingidaé infância incompletatenho um cansaçoque me contorna o corpo.

Um poema que fala do cansaço do corpo e, quiçá,
ResponderEliminarda alma, de uma forma tão profunda que até dói.
Um dos seus poemas mais emotivos.
Um abraço
Olinda
Há dias assim.
EliminarObrigado.
Um abraço.
Um poema tão intenso como belo... Sem mais palavras. Adorei :)
ResponderEliminar.
🤍 SAUDADES 🤍
Beijos. Votos de uma excelente semana.
Muito obrigado.
EliminarBoa semana.
Um abraço.
Imaginei-o cantado, quase um fado. Um abraço
ResponderEliminarNunca me imaginei nessa situação.
EliminarUm abraço.
O poema expressa uma profunda sensação de cansaço e desilusão, que se manifesta não apenas fisicamente, mas também emocionalmente. As imagens que o poeta usa, como "casa abandonada" e "infância incompleta", evocam uma sensação de perda e de um passado que não se concretizou feliz. Esse cansaço que "contorna o corpo" sugere uma carga pesada que o poeta carrega, refletindo inseguranças e um sentimento de desconexão com a vida.
ResponderEliminarProvavelmente é apenas um tema para meditar.
A minha atenção vai para a beleza da fotografia — linda de morrer, como eu costumo dizer.
Encanto-me com os comentários dos meus leitores/as, é este o caso.
EliminarA poesia é verdade e ficção.
O cansaço para o qual não temos explicação... mas que existe...É dor, é perda, é traição... é o perguntar "para quê?"...
ResponderEliminarMas a Vida é isso tudo... recheada de momentos de euforia e dor...
Beijos e abraços
Marta
"Viver muito também cansa" como disse o poeta José Gomes Ferreira.
EliminarUm abraço.
Pior seria se o cansaço lhe esmagasse o corpo...
ResponderEliminarHá dias assim, estimado Poeta amigo... sentimo-nos egocêntricos...
O remédio é pensar nos que estão em pior estado... num soldado ucraniano, por exemplo.
O poema é formalmente impecável, mas de um pesado dramatismo, faz-me lembrar os poemas de António Nobre.
Um abraço afetuoso.
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Estou de acordo mas para pensar em pior talvez numa família de palestinianos.
EliminarUm abraço também.
Bom dia Caro Poeta/Pintor e Fotógrafo
ResponderEliminarO poema carrega um tom de desalento profundo, sustentado por um ritmo pausado e imagens que evocam abandono, cansaço e dissolução. O eu lírico parece reflectir sobre sua trajectória com um olhar desencantado, aceitando que sua vida foi marcada por desencontros e fracassos. A repetição do verso inicial no final (“tenho um cansaço que me contorna o corpo”) fecha o poema de maneira circular, reforçando a ideia de um ciclo sem renovação, onde a fadiga é a única constante.
A estrutura e o ritmo está bem conseguido. Os versos são curtos e directos, criando um fluxo cadenciado, quase monótono, que traduz bem a exaustão do eu lírico. A ausência de pontuação fortalece a fluidez da leitura, como se os pensamentos fossem se desdobrando num fluxo contínuo, sem pausas definitivas – o que reforça a sensação de um cansaço persistente, que se infiltra em todas as camadas da existência.
A escolha de palavras reflecte bem o estado emocional do sujeito poético. A construção anafórica com “é” cria um efeito de enumeração que aprofunda a sensação de dissolução e perda:
“é pó” – imagem de finitude e esquecimento.
“é água parada” – sugere estagnação, ausência de movimento e renovação.
“é casa abandonada” – metáfora da solidão, do espaço vazio, da falta de pertencimento.
“é ave atingida” – uma das imagens mais impactantes do poema, evocando fragilidade e brutalidade ao mesmo tempo, como se algo essencial tivesse sido ferido no percurso da vida.
“é infância incompleta” – o golpe final, que sugere que essa sensação de desalento e insuficiência vem de longe, talvez de uma lacuna na formação emocional do eu lírico.
Aqui existe um tom de desalento e desconstrução. A força do poema está no modo como constrói, pouco a pouco, uma atmosfera de falência existencial. O uso dos prefixos negativos (desencontro, desacerto, desconcerto) não apenas reforça a ideia de fracasso e dissonância, mas também sugere um caminho de erros sucessivos, como se a vida tivesse sido composta por tentativas frustradas de encontrar harmonia.
A metáfora do cansaço como algo que contorna o corpo também é poderosa, pois sugere não apenas um esgotamento físico, mas uma espécie de moldura, algo que define a identidade do eu lírico. Esse cansaço não é momentâneo, mas sim uma condição essencial, algo que o envolve completamente.
A imagem de suporte está muito em sintonia com tudo o que bebi do poema, embora, esta seja a minha análise que pode estar coberta de erros, de interpretação.
Boa semana.
Cumprimentos Poéticos
:)
https://olharemtonsdemaresia.blogspot.com/
A sua análise é precisa e completa, o pormenor da análise sensibiliza o próprio autor.
EliminarFico agradecido pelo labor que dedicou ao meu escrito.
Um abraço.
Gostei do poema sobre o que sentes e olho para a foto será que ela te diz muito? Olha amigo momentos maus todos temos e temos é que fazer algo por nós e mudar o chip.
ResponderEliminarBeijos e um bom dia!
Há dias assim, depois virão outros mais animados.
EliminarUm abraço
há dias "pesados" em que o desalento toma conta de nós.
ResponderEliminaramanhã, será melhor.
abraço
Amanhã... veremos.
EliminarUm abraço.