Sou um poeta em dificuldadesjá não encontro as palavrasjá não encontro as ideiasque vêm escritas nas palavrasacabou a música e o sol baixou de maisos rumores dos outros acordam-medeste esgotamento criativohoje foi o primeiro dia depois do últimoacabou o dia acabou a poesiavou pensar no que farei ao que ficouno teu lugar ficará uma flor.
Bom dia
ResponderEliminarA poesia neste espaço é sem dúvida da mais criativa que se pode ler .
Por vezes difícil de interpretar mas sempre com um sentido muito próprio.
JR
Os seus comentários são estimulantes. Muito obrigado.
EliminarUm abraço.
Mas a poesia continuaria escrita na flor... e será espalhada pelo Vento...
ResponderEliminarBeijos e abraços
Marta
A poesia está à nossa volta mas há dias em que não a vemos.
EliminarUm abraço.
Mas como fugiram as palavras se todos os dias nos brinda com um poema? Creio que serão muito raras as pessoas que todos os dias escrevem um poema, não será uma exagerada exigência para consigo próprio? Essa flor também é pura poesia.
ResponderEliminarA poesia vem ao meu encontro e eu não me nego em dar-lhe um abraço.
Eliminareste autor
ResponderEliminarpor vezes "mente"
e "mente" tão bem, que eu até fiquei assustada.
a poesia em si nunca morrerá....
Talvez não... até um dia, ou uma noite.
EliminarObrigado
Bom dia, caro Amigo Poeta/Pintor
ResponderEliminarEste poema transmite um sentimento de frustração criativa e desalento, quase como se o poeta estivesse à deriva num mar sem palavras. O primeiro verso já estabelece a crise: "Sou um poeta em dificuldades", uma confissão directa que nos prepara para o desenrolar do problema.
A repetição do verbo "encontrar" nos dois versos seguintes reforça a sensação de perda e busca infrutífera. A ideia de que as palavras contêm em si mesmas as ideias ("que vêm escritas nas palavras") é interessante, pois sugere que a inspiração do poeta depende delas e, sem acesso a elas, a criatividade estagna.
O segundo bloco traz um tom mais melancólico e sensorial: "acabou a música e o sol baixou de mais", sugerindo o fim de um ciclo, talvez uma metáfora para o ocaso da criatividade. Os "rumores dos outros" que o despertam desse estado de exaustão podem simbolizar o impacto externo sobre a escrita, seja a crítica, a comparação ou simplesmente a pressão de criar.
A quebra temporal na terceira estrofe é curiosa: "hoje foi o primeiro dia depois do último" tem um tom paradoxal, mas evoca a sensação de um recomeço estranho e forçado, como se o poeta estivesse tentando seguir em frente depois de um fim abrupto. A conclusão, "no teu lugar ficará uma flor", tem uma beleza triste, parecendo indicar que, no espaço deixado pela inspiração perdida, resta um símbolo delicado e silencioso.
No geral, o poema é forte na sua simplicidade e reflecte bem o bloqueio criativo com imagens marcantes.
A foto de suporte é lindíssima e ameniza um pouco o desalento do poema.
Continuação de boa semana com saúde, a inspiração voltará.
Um Abraço
:)
Brilhante comentário, uma análise em pormenor, não deixa nada por dizer. Muito obrigado.
EliminarUm abraço.
AnaMar (pseudónimo) deixou um novo comentário na mensagem "":
ResponderEliminarDelicado e melancólico, e tanta beleza na simplicidade das palavras, intensificando a emoção e a profundidade do sentimento. Estive ausente e vou levar tempo a pôr a leitura em dia.
Bem vinda. Agradeço que tenha voltado aqui.
EliminarUm abraço.
Sonha um pouco
ResponderEliminare vais ver que o sol te voltará a sorrir
como essa flor está sorrindo
O sol é de todos, a minha parte chegará.
EliminarUm abraço.