Foto de Ana Luís Rodrigues



E a chuva que não pára 
já me dói a terra no meu corpo
perco a esperança de crescer
ou será assim que cresço 
oferecendo o corpo à intempérie 
expondo-o à parte cruel da natureza 
oferecendo a carne à natureza 
que do sofrimento 
se faça a justiça do tempo 

e assim será 
ou me perco ou me faço santo.


 


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