Foto do autor do texto
É tarde
é sempre tarde
quando te encontro
deixo tudo e corro
atrás de uma sombra
no jogo que me propões
percebo
na agitação da folhagem
que já passaste por ali
e não te encontro
foi a última vez que brinquei
às escondidas contigo.
Se relembras
ResponderEliminarinsiste
só é tarde
se desistimos
Há situações a que não devemos voltar... por precaução.
EliminarÉ um poema delicado, que fala sobre a perda, a passagem do tempo e a esperança de reencontrar algo que já se foi.
ResponderEliminarA repetição de “é tarde” sugere um sentimento de que o momento ideal para estar junto já passou, e mesmo assim, ele ainda corre atrás dessa sombra, dessa presença que já se foi. A imagem da “agitação da folhagem” indica que a pessoa passou por ali, deixando rastros, mas não está mais presente. A última linha, “foi a última vez que brinquei às escondidas contigo”, reforça a ideia de uma despedida ou de um momento de infância que nunca mais se repetirá, carregando uma mistura de nostalgia e melancolia.
A fotografia também transmite uma sensação de saudade e de uma busca constante por alguém que já passou pela vida do poeta.
Aceito completamente a sua interpretação. É sempre uma novidade, para o autor, tomar conhecimento do vislumbre do que o texto revela aos leitores.
EliminarUm abraço
Bom dia Luís,
ResponderEliminarUm poema de memórias, que ajudam a que o coração continue a amar.
Beijinhos e bom domingo.
Emília
O coração também tem memória.
EliminarUm abraço.
Ás vezes, tudo acaba...até as memórias mais felizes... resta apenas a saudade...
ResponderEliminarBeijos e abraços
Marta
A saudade também é uma forma de homenagear alguém.
EliminarUm abraço.
Na vida há sempre um final e guardaste um momento que te fez feliz! Gostei porque também eu jogava às escondidas:)))
ResponderEliminarBeijos e um bom domingo!
Tomar uma ausência como uma brincadeira é uma forma de despenalização.
EliminarUm abraço.
as memórias existem,
ResponderEliminarmelhor isso do que o esquecimento total.
bom domingo.
Nem mais. Sempre fica alguma coisa.
EliminarBom domingo.
Um abraço.
Os fins que perduram são os mais dolorosos, parece que já acabou mas nunca acabou, entendo-o, porém.... esse limbo do amor perdido e nunca acabado não é algo que possa fazer muito bem à saúde mental, mesmo que dê bons poemas.
ResponderEliminarA poesia cria camadas de aceitação. Procurar o "belo" atenua a caminhada descalço.
EliminarUm abraço.
Boa tarde Caro Poeta/pintor
ResponderEliminarUm Poema com um tom doce e melancólico, como quem corre atrás de um instante que nunca mais se alcança. A simplicidade das imagens, a sombra, a folhagem agitada, transmite bem a sensação de perda e despedida, com um final que fecha de forma sentida, quase como um sussurro de infância a dizer adeus.
A imagem está muito bem para o poema.
Bom domingo.
Deixo um abraço.
:)
Sempre interessantes os seus comentários. Concordo com a análise.
EliminarUm abraço.
A imagem e as palavras levam-nos a uma tendência romântica
ResponderEliminarmuito própria do Sec.XIX e que perdura.
Gostei muito.
Abraço
Olinda
O autor fica contente por lhe ter agradado.
EliminarUm abraço.
Gostei bastante!
ResponderEliminar.
Sentimentos...
Beijos. Seja Feliz!
Muito obrigado.
EliminarFelicidades também para si.
Um abraço.
Entendo bem essa jogo do esconde-esconde...
ResponderEliminarContinuo a jogar L
beijinho e boa semana
Esconde-se... para sempre.
EliminarUm abraço.
Alguém que passou e um instante no qual ficou cristalizada essa passagem. É tudo muito suave e muito belo e não resisto a roubar-lhe essa esplêndida árvore.
ResponderEliminarUm forte abraço, L.
A vida está cheia de desencontros.
EliminarA imagem é também sua a partir de agora.
Um abraço.