IA



Deram-me a mão 
uma das duas da minha vida
que não eram as minhas
eu disse
     agora tenho que ir
e como foi diferente das outras
despedidas angustiantes mas 
com esperança de retorno
esta
a de agora 
foi como um pedido de desculpas 
por não poder ser evitada
e dela não haver regresso

como foi tranquila e bela
no ascenso do fumo do incenso
eu disse 
abram a janela
estou de partida
levo a tua mão na minha. 



 

8 comentários:

  1. Devia acontecer sempre assim: sem dor, sem tristeza, em total paz...
    Um poema expressivo, de delicada sensibilidade e beleza.
    Um abraço, Poeta amigo.
    ~~~~

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. É isso que desejamos, que não doa muito e seja breve.
      Um abraço cara leitora.

      Eliminar
  2. Nem sempre as despedidas são suaves... podem ser violentas, cheias de ódio... e para quê? Nada resolve e destrói-nos..
    Beijos e abraços
    Marta

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. As despedidas são sempre momentos tristes e traumatizantes.
      Um abraço.

      Eliminar
  3. Poema que expressa despedida com paz e esperança, valorizando a presença e a memória. Delicada e emotiva é também a forma da imagem criada pela IA.

    ResponderEliminar
  4. "Levo a tua mão na minha"
    Uma lembrança, uma memória para
    recordar.
    Abraço
    Olinda

    ResponderEliminar