Gosto de estar sentado à tua mesa
gosto que dividas comigo o teu pão
prefiro que me dês água em vez de vinho
gosto que digas o meu nome
com a tua mão na minha
convenceste-me que o teu passado
foi o que sobrou da tua vida
e que já nem te lembras como foi
também estás velha
caiu o muro a leste e esquecemos tudo
tenho pena de nós ___ já não temos tempo
para a clemência nem para a indignação
anunciam-nos o fim do mundo
sem nos dizerem a verdade
estamos cansados
crescem-nos asas na voz e no olhar
a nossa casa é todo o mundo
por onde viajamos cantando
por agora dividimos o pão e comemos
eu à tua mesa e tu à minha.
Marina Abramović e seu ex-amante Ulay, reencontraram-se 20 anos após a separação durante sua performance no MoMA em 2010, onde ela se sentou em silêncio por um minuto com cada estranho que se sentou à sua frente. Sem que Marina soubesse, Ulay apareceu e eles se olharam silenciosamente, capturando o impacto duradouro do amor, do tempo e da arte.
Olhos cheios de arrependimentos.
ResponderEliminarNão sei se Marina e Ulay estavam arrependidos.
EliminarProvavelmente, não estavam arrependidos.
EliminarUlay pareceu-me embaraçado.
Havia ali uma grande carga sentimental de tudo o que foi o passado comum, até na forma como foi o desenlace da sua relação e do tempo que estiveram sem se verem.
EliminarO silêncio fala mais alto... já foi tudo dito e o olhar é de Paz... um passado vivido, entendido e sem arrependimentos... O que é importante para que se continue a viver....
ResponderEliminarBeijos e abraços
Marta
Um passado guardado com uma certa religiosidade.
EliminarMuito Obrigado
Um abraço.
Bom dia
ResponderEliminarSão estes momentos que nos levam a dizer :
- Palavras para quê ?
JR
Entre íntimos fala-se com os olhos e o sorriso.
EliminarUm abraço.
Exposição no Museu Schloss Moyland:
ResponderEliminarData: 13. Julho - 26. Outubro 2025
Localização: Museu do Castelo de Moyland
Tópico: Diálogo entre Marina Abramović e Joseph Beuys
Vou investigar no endereço desse museu.
EliminarMuito Obrigado.
Este poema também merece uma referência, pois é uma bela celebração do amor simples e da conexão verdadeira, transmitindo emoções silenciosamente profundas com delicadeza e sinceridade. Maravilhoso!
ResponderEliminarTemi que o vídeo da Marina tivesse ofuscado a minha publicação. Até achava justo!
EliminarAntes de tudo, este poema mexeu comigo mas não pela negativa, mas simpela mensagem que se encerra nas suas entrelinhas.
ResponderEliminarConvido o meu Amigo a fazer o exercício que eu faço aos seus poemas(ler ao contrário de baixo para cima).
Fiquei maravilhada.
E o sentido fico rigorosamente igual.
Bom fim-de-semana.
;)
É um exercício que funciona e recria com originalidade.
EliminarBom fim de semana.
Um abraço.
Seu poema é lindo , o vídeo emociona . Ah ,o amor ... crescem-nos asas se nos falta o olhar .
ResponderEliminarUm abraço e obrigada pela beleza, L
Gosto muito das tuas aquarelas.
O seu comentário é muito simpático. Eu é que agradeço a atenção que dedica aos meus escritos.
EliminarUm abraço.