Risco a giz sobre a mesa de madeiraum quadrado brancodesenho uma casa confinadade tecto desigualsempre quis contrariar a simetriaencho de outono a superfíciesobre o silêncio da casaavalio todo o espaço em voltade traço em traço desconstruo a formasempre me tentou ir contra o desconhecidoconcluo que não tenho mais nada a dizere que não basta ter uma casanão satisfeito com o resultadoalimento o fogo da lareiraisto também é o exílio.
Ás vezes, estamos exilados...sem saber bem porquê....ou sabemos e não encontramos uma resposta viável....
ResponderEliminarBeijos e abraços
Marta
Os imprevistos da vida conduzem-nos ao exílio.
EliminarUm abraço.
A forma como descreve o risco na mesa, a casa com tecto desigual e a desconstrução do espaço transmite uma sensação de procura por algo mais incrível, uma vontade de desafiar o convencional. A referência ao outono e ao silêncio cria uma atmosfera de reflexão e introspecção. É interessante como o poema mistura o desejo de contrariar a simetria com a sensação de exílio, mostrando uma relação entre a criatividade, a inquietação e a busca por sentido. Uma leitura que convida a pensar sobre o próprio espaço e o que nos faz sentir em casa. Interessante a imagem.
ResponderEliminarMuito concludente a sua análise. Como sempre, desperta o interesse do próprio autor do texto.
EliminarUm abraço.
Nunca tive casa própria mas arrendada e é o meu abrigo mas jamais invadir o espaço dos outros. Se os políticos fosse sérios toda a gente que vive na rua teriam um teto e mais não digo porque o meu coração inclina-se perante as tuas palavras!
ResponderEliminarBeijos e um bom dia
Todo o ser humano deveria ter um espaço onde ter o seu corpo. Não é justo que tenhamos de pagar a alguém para que nos deixe ter o nosso corpo num espaço que já é de alguém. Afinal quem é que deu o direito a alguns de se apropriarem de terra que não era de ninguém no princípio do mundo?
EliminarUm abraço.
Tantas vezes o exílio é a capsula onde resistimos, outras vezes o lugar do qual queremos fugir.
ResponderEliminarUm abraço
Vive-se no exílio e muitas vezes não damos conta disso.
EliminarUm abraço.
Gosto do jeito do poeta fugir a alguns princípios estabelecidos ,
ResponderEliminarsem que se apague a fogueira ... e a aquarela que amo.
abraços
Procurar a simplicidade e a beleza é um objectivo.
EliminarUm abraço.