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Acontece por vezes quando a memórianos trás uma palavrao nome do amigo que já não estáuma referência triste sobre outra coisae um finíssimo raio de luzilumina um lugar em nós num valeou numa montanha do nosso mapaessa luz que nem sempre existiumas durante anos iluminou tudovencendo todas as sombrassem que déssemos por issoessa finíssima luz era o brilho da felicidade
naquele tempo que depois
com a sua escancarada boca
devorouhora a horaano a anoo que tinha para devoraraté que um dia esse finíssimo raio de luzilumina uma pedra incomodaque se movimenta e soa como um ecocomo um ser que trazemos dentro de nósnum lugar recôndito do nosso mapaou como uma areia que se contémnuma ampulheta que escorrepara um lado ou para o outroconforme nos erguemos ou nos deitamospassando rapidamente na sua lentidãoos outros dormem ou acordamcom as suas pedras e as suas areiasem vez de um raio luminosoe encontramo-nos e estremecemoscom a nossa imagemnuma praça qualquer do mundoum lugar onde nunca estivemos juntosmas que a minha vontade me faz acreditarnum quadrado de terra como uma praça maioronde estarei de facto rodeado dos espectrosdos quais serei um ou talvez mais do que umum finíssimo raio de luzescreve no chão o meu nomee imagino agora que estás ao meu lado.
Um dia... defrontamos-nos com uma solidão que já estava lá, mas que não sabíamos, não queríamos reconhecer....
ResponderEliminarBeijos e abraços
Marta
A todos chegará esse dia.
EliminarUm abraço.
E a nostalgia do poema acende em nós um tempo também ruidoso e feliz
ResponderEliminarO resultado da memória afetiva que transcreve no seu poema, que o faz tão real.
Um abraço L e boa semana.
Gostei muito do seu comentário.
EliminarBoa semana.
Um abraço.
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