IA


Ouvi dizer que a partir de agora
vamos todos ter apenas um nome
teremos de escolher um 
dos que ainda temos
e os outros serão apagados

daqui para a frente seremos grupos
quando chamarem um nome
iremos todos os iguais
eles não sabem
mas assim seremos mais fortes

não esqueçam 
os nomes que vamos perder
ainda iremos recuperá-los. 


 


10 comentários:

  1. Uma espécie de massificação.
    Ainda bem que nos resta a esperança
    de recuperar os nomes perdidos.
    Um abraço
    Olinda

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  2. Tipo "Grande Irmão", George Orwell?? Onde fica a liberdade de escolha, da individualidade?
    Beijos e abraços
    Marta

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    1. A liberdade de escolha já está controlada nos dias de hoje.
      Um abraço.

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  3. É bom manter esse espírito de luta, vai ser preciso, já estamos na resistência.
    Bom domingo.
    Um abraço.

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  4. O poema assim como a imagem criada pela IA transmitem uma sensação de mudança e união, como se fosse uma nova fase em que todos se tornam mais iguais, compartilhando um único nome. Há uma mistura de esperança e um pouco de mistério, como se fosse uma transformação que traz força, mas também uma perda de identidade temporária. A ideia de recuperar os nomes perdidos sugere que, apesar das mudanças, há esperança de reconquistar o que foi deixado para trás. É uma reflexão sobre o poder da coletividade e a esperança de um futuro melhor, mesmo que envolva sacrifícios no presente.

    Um cenário absolutamente horroroso para qualquer individualista.

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    1. Uma interpretação correcta. O período que estamos a viver é um tempo de várias contradições. Estamos a ser massificados mas, curiosamente, há alguns que rejeitam o "outro" que é diferente.

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    2. Eu não rejeito o „outro“ que é diferente. Pelo contrário, valorizo a diversidade e a singularidade de cada pessoa. O que eu rejeito é o poder da colectividade que tenta apagar a individualidade, pois sou uma convicta defensora do valor único de cada indivíduo. Acredito que a verdadeira força reside na autenticidade e na liberdade de ser quem realmente somos.

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  5. Já me resta tão, tão poucochinho que não sei que mais me podem levar além do nome, L.

    Tenho resistido mal ... e muda. Mas já me vejo aflita para dar conta dos meus medicamentos todos, mais a insulina da Mistral, não me sobra tempo nem para a criatividade.

    Um abraço!

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    1. Eles comem tudo, alguém disse e eu lembro-me quem foi.
      Um abraço.

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