Já há um estranho cheiro a cera
no interior da minha casa
o meu projecto foi uma casa de barro
para que um dia esta terra
seja uma irrecuperável ruína
para que depois de mim a casa
não sirva a mais ninguém
e se desfaça sob a chuva diluviana
do meu último dia
já há um estranho cheiro a cera
as velas já estão acesas
alguém adiantou o destino erradamente
fico em vigília fora do tempo
impaciente o lume lavra o projecto
porque já é o fim da história
começa a chover sobre a minha casa
o que prova que sendo o fim do tempo
ainda não é tarde
renasço aqui __ ali ___ em qualquer lugar.
Tudo é um ciclo...renasce-se das ruínas...estabelece-se novos planos....
ResponderEliminarBeijos e abraços
Marta
Renascemos até à ultima oportunidade.
EliminarUm abraço.
Nascemos e renascemos.
ResponderEliminarRenascemos e morremos.
Tudo faz parte de um ciclo...
Sim, esse é o nosso desígnio.
EliminarCaro Amigo Poeta/Pintor
ResponderEliminarConfesso que este poema me deixou a farejar o ar e a reflectir! Há um certo cheiro a cera… mas talvez seja apenas das velas da inspiração acesas em demasia!
Entre ruínas de barro e chuvas diluvianas, anuncias o fim como quem prepara uma nova sementeira.
Se isto era para assustar, falhou redondamente, porque, renasces no final, e ainda por cima, em qualquer lugar!
(Nota para o destino: não seja precipitado, o artista ainda tem muito que pintar e poetar!)
Abraço
:)
Este autor quase desconhecido, por vezes, pensa em interromper a actividade criativa.
EliminarMuito Obrigado pelo incentivo.
Um abraço.