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Vivem nas minhas estantes três mil livros
a precisarem de cuidados
já não tenho tempo para os livrar do pó 
nem para guerrear contra o bicho do papel

eles resistem

merecem descansar para a eternidade
têm tanto saber nas suas páginas 
e ignoram o seu futuro
ao contrário de mim que sei qual é o meu. 



 

9 comentários:

  1. São uns sobreviventes...escondidos no tempo...
    Beijos e abraços
    Marta

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  2. Yo tengo una colección de libros, pero no llega a tanta cantidad.
    Un abrazo.

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  3. Honra à memória e ao saber dos livros, frente à finitude humana; a dedicação aos objetos legados contrasta com a nossa presciência do destino, sugerindo reverência pela cultura que persiste mesmo quando o cuidado se esvai.

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  4. Sabes já o teu futuro? Ó homem de Deus dá os livros a bibliotecas escolares ou a muitos políticos hummmm.... mas antes limpa o pó ou queres que eu vá aí?
    Beijos e um boa tarde!

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  5. Olá :)
    Credo, tantos livros.
    Disse Paul Valéry " Os livros têm os mesmos inimigos que o homem: o fogo, a umidade, os bichos, o tempo e o próprio conteúdo".
    Por isso a grande parte deles não chegará à eternidade
    Mas gosto mesmo é da ideia de Luis Sepúlveda, quando disse : " que os livros deviam ter asas para voar e não ficar nas prateleiras."
    A partir dai tive outra atitude para com a larga centena de livros que tinha. Dei-lhes asas, para outros destinos.
    Vejo que já tem tudo bem programado, quando diz que todo o seu acervo já tem um destino.
    No caso dos seus livros que eles tenham asas e cheguem a muitos lugares.
    Gostei de o ler.
    Abraço e brisas doces ***

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