Foto de Daniel Filipe Rodrigues
Somente os verdadeiros sofredoressão capazes de uma seriedade autêntica.Emil CioranInformo-te como é minha obrigaçãode que vou partira parte do meu corpo que ontem te entregueinão poderás ficar com elapara ti será apenas uma memóriadeixo-te as recordaçõesas fotografiasos poemaso meu frasco de perfume quase acabadoouvirás falar de mime a tua presença será solicitadatraz-me os meus sapatos do nosso casamento.

A ideia sugere que a profundidade de comprometimento e reflexão nasce do sofrimento real, não de pose ou aparência externa. Questiona-se se a seriedade autêntica decorre necessariamente do sofrimento, ou se pode surgir também de responsabilidade, curiosidade ou empatia. A citação pode soar pessimista: o valor da seriedade estaria vinculado a dor, o que pode excluir pessoas que lidam com desafios de formas distintas. Num contexto contemporâneo, é útil pensar na seriedade como disciplina, humildade intelectual e constância, independentemente da quantidade de sofrimento vivido.
ResponderEliminarTanto o poema como a fotografia expressam uma enorme quantidade de sofrimento vivido.
Muito completo este seu comentário. Como sempre, apreciei.
EliminarAcompanhemos o tempo _ lembranças são presentes: fotografias, perfumes ,poemas.
ResponderEliminar... e sapato velho... bem humorada minha filha diria : pro lixo, mãe..
Feliz dezembro que já chega, Luís. Abraços
Concordo, estão bons para o lixo.
EliminarUm abraço.
Aiii homem tu és uma montanha de emoções tão sofridas que é dose e ainda pedes a ela os teus sapatos do casamento? Para aligeirar a coisa já agora pergunto:qual a música que preferes para colmatar o teu sofrimento embora saiba que:
ResponderEliminar«O poeta é um fingidor. Finge tão completamente que chega a fingir que é dor a dor que deveras sente.»F.Pessoa!
Um abraço e não leves a mal :)
Penso que a poesia deve tocar a sensibilidade de quem a lê, nem que seja para a rejeitar.
EliminarGosto dos seus sinceros e bem humorados comentários
Um abraço.
Mas, às vezes, parte-se sem uma palavra, sem uma explicação... e a dor rasga-nos... e a alma fica vazia...
ResponderEliminarBeijos e abraços
Marta
Isso é a realidade, acontece.
EliminarUm abraço.
Eu ouço: “vou-me embora”, mas os sapatos, quietos à porta, continuassem à espera, teimosos, no mesmo lugar.
ResponderEliminarNo cabedal gasto ainda se escutam passos antigos, como se o amor pedisse baixinho, mais uma última dança.
Os sapatos conhecem todos os caminhos e são fiéis a quem os calça.
EliminarUm abraço.