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No princípio apenas o céu azul
agora
tudo o que me interessa é a cor
uma papoila ao sol
uma romã aberta
uns lábios vivos
uma boca a cantar
um raio que tudo ilumina
lágrimas de sangue
uma bandeira vermelha 
o rosto do filho na noite de Natal 
uma rosa de Alexandria
a tua pele quando te desnudas

e o céu de novo
da cor da noite
com o Quarto Crescente. 


 


10 comentários:

  1. As cores sucedem-se e vibram na alma, na pele...
    Beijos e abraços
    Marta

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  2. O poema transita entre o quotidiano — papoila, romã, lábios, pele — e símbolos poderosos — bandeira vermelha, rosto do filho na noite de Natal, Quarto Crescente — criando uma cadência de desejo, memória e revelação. A oscilação entre “o céu azul” no princípio e “o céu de novo da cor da noite” sugere transformação e uma busca por intensidade emocional. A presença de imagens fortes, como lágrimas de sangue e a nudez, confere vulnerabilidade e força ao mesmo tempo. O encerramento com a repetição do céu, agora azul da noite com o Quarto Crescente, fecha o círculo, sugerindo ciclos e a continuidade do olhar sobre o mundo.

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    1. Maravilhoso o seu comentário. Já espero os seus escritos como complemento das minhas publicações, uma mais valia para os/as nossos/as leitores/as.

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  3. Quando as cores nos invadem a vida esta fica mais cheia de significado.
    Um abraço.
    https://rabiscosdestorias.blogspot.com

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  4. Uma época em que tudo se pede é colorido ,mas muita coisa foge-nos das mãos e o que nos vale será o luar mas nem este nos conforta!
    Beijos e um bom dia!

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    1. Sim, temos períodos de cores mais esbatidas, só com o sol essas cores ficam mais vivas.
      Um abraço.

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  5. Poema que vibra mais do que entristece. É bom!

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