Uma pedra sobre o peito
o pulsar do sangue em cadência nos ouvidos
a língua 
os dentes
a boca
numa imobilidade estranha
para não acordar a sombra do animal 
que dorme aos meus pés 
no cérebro um cardume de peixes
no olhar um bando de aves
entretanto
escrevo as marcas no meu corpo
para que se detenham as palavras inúteis.


 


4 comentários:

  1. Mesmo assim, ficam gravadas e magoam...e deviam voar e embelezar o tempo...
    Beijos e abraços
    Marta

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  2. Se fosse poeta
    faria um poema
    que te libertasse
    dessa pedra

    Talvez minha quadra baste
    Quem sabe?

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