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Sei que uma estrela que se tenha apagado
há centenas ou milhares de anos
ainda virá iluminar o céu da minha rua
todas as noites
assim tu
mulher estrela iluminarás ainda
as minhas noites contínuas muito tempo 
depois de já não seres estrela. 


 


1 comentário:

  1. A fotografia criada pela IA é um suspiro de memória que transforma ausência em luz.

    A estrela apagada funciona como símbolo daquilo que persiste além do tempo: o efeito suave de alguém amado que, embora ausente, continua a iluminar a vida do eu lírico. A promessa de que “tu, mulher estrela” iluminarás “ainda as minhas noites” cria uma continuidade poética entre passado e futuro, entre o presente que sofre a falta e o futuro que, por via da lembrança, mantém a presença.
    A substituição da estrela pela mulher sugere que o amor pode ser uma fonte de guia, quase cósmica, capaz de transformar a noite em espaço de contemplação em vez de apenas escuridão. Ao falar de “muito tempo depois de já não seres estrela”, o eu lírico reconhece a limitação da temporalidade, ao mesmo tempo em que afirma que a influência dessa mulher transcende o tempo, tornando-se uma luz eternamente acesa.

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