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Que de tantos mortos pela Terra
tão poucos ossos se encontram
apenas se contam os 
identificados
classificados
acomodados
nas suas tumbas
e o que se vê é que tanta terra
haja ainda para engolir
homens
mulheres
crianças 
não contando os ardidos
feitos desenhos no vento

que das barrigas da humanidade
se recomponha a humanidade 
em partos de luz e paz
e que se dê seguimento 
à inexplicável invenção nunca inventada 
e sem início infalível que se saiba
deste universo sem medida
mas tão importante como
a orquídea do meu jardim.

 

1 comentário:

  1. Também me admiro que de tantas mortes ainda
    haja tanta gente para matar. Os ossos que se espalham
    pela Terra sem dono e sem morada.
    Abraço
    Olinda

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