Quando não tinha onde esconder as mãos
deixava-as sem a obrigação de obedecer.
Então, por vezes
elas acenavam, ou falavam, ou criavam.
Outras vezes
elas insultavam, ou agrediam, ou roubavam.
Depois voltavam
e ele recebia-as
deixava que adormecessem
e escondia a sua nudez
   com elas. 




4 comentários:

  1. Esboço de liberdade duma ilha interior. Submersa, mas uma ilha.

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  2. Uma forma de pião diferente. Sedutora arte manual. Belíssimo poema.
    .
    Bom fim de semana.

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  3. A metafora das mãos
    que até podem (ou não) ser as nossas

    gosto deste estilo de poesia

    ;)

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