Hoje estava uma manhã como as outras
talvez mais cinzenta de uma tonalidade cruel,
entrei no café do costume mais escuro do que era costume
com uma luz fluorescente alta que tossia intermitentemente,
pedi tudo como era costume e o som das louças
no choque com o vidro do balcão rimava
com as moedas soltas de um troco alheio.
Quatro mesas redondas abandonadas excepto uma
a do canto mais longe, tão longe quantos os passos passados
e a única iluminada por uma luz vinda de lado nenhum.
Lá estava a minha mãe ausente há mais de trinta anos.
ResponderEliminarGostei muito como de ... costume
.
Desejando um domingo de Paz e Amor
Muito obrigado pela habitual visita.
EliminarThank you, see you next time.
ResponderEliminarSONETILHO
ResponderEliminarEM
REDONDILHA MENOR
***
"... Estava a minha mãe,
Ausente há trinta anos"
Inda a tecer planos
Pra seguir além...
*
De onde é que lhe vem
Força, se aos humanos
Provoca tais danos
O que a si faz bem?
*
Sob as nuvens brancas,
Calçando tamancas,
De negro vestida,
*
Replicou sorrindo
Que eu era bem-vindo,
Que tudo isto é vida.
*
Maria João Brito de Sousa - 28.06.2020 - 15.40h
Muito bonito. Obrigado por ter criado este poema a propósito do meu. Até à próxima visita.
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