Não duvido que esta noite seja igual às outras, como dizes, mas não ouço aquela música ao virar da esquina, como dantes, talvez porque morreu uma criança ou porque houve um bombardeio lá longe. Mas reconheço que nada mudou aqui, que não há nada para lamentar nem para homenagear. Fecho a janela, deito-me e adormeço. 

Partilho contigo, só contigo, as minhas palavras. Deixo este escrito, num bilhete, por baixo da tua porta.


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