Vou para o sul como se tivesse norte
 cruzo-me contigo mas não me reconheces
 - sou eu, este é o meu outro nome!
 digo.
 Fiz tudo sozinho indo sempre para sul
 esse era o meu caminho, 
 grito-te o meu outro nome no eco de uma rua vazia
 mas não me reconheces. 
 Falo para ti mesmo quando tu não estás
 e continuo a caminhar
 para o reencontro impossível.
 Este é o meu outro nome e é quase certo que
 não me vais reconhecer.
 Voltarei com este nome nas palavras dos outros
 e, finalmente
 saberás quem sou.



6 comentários:

  1. Bom dia:- Profundo. Parece um grito de alerta saído do fundo da alma. Gostei da imagem e do poema.
    .
    Um domingo feliz
    Cumprimentos poéticos

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  2. Concordo com a imagem de grito que o poema transparece.
    Gostei

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  3. Depende, por vezes o nome muda
    mas, há sempre algo que nos acusa
    há poemas sem assinatura
    e no entanto sabemos quase antes de ler
    quem é o seu autor

    e podemos pensar que ninguém sabe, ou adivinha
    mas...sabem, sabem

    ;)

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