Retirou todo o recheio daquele quarto interior
daquela casa antiga,
Com trinta e cinco tijolos, algum cimento
e muito terror à morte,
emparedou-se.
Um resto de luz esvaiu-se dos seus olhos
sugado pelo último espaço a ser tapado.
Estava certo de que aí, às escuras, escondido
a morte jamais o encontraria.


12 comentários:

  1. Ledo erro
    jaz morto e apodrece
    em parte incerta

    O medo da morte
    é o medo mais parvo
    que nos assola a mente

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  2. hã, hã... a senhora da gadanha tem um faro de perdigueiro. Comigo, porém, tem tido, até agora, o estranho hábito de mudar de ideias no último segundo ;)

    Abraço

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  3. O medo da morte consome energia essencial à vida. Medos à parte, adorei o poema.

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    1. E eu agradeço muito o comentário. Ainda te acompanharei por mais uns tempos.

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    2. Eu acredito na tua palavra. Espero que cumpras, como sempre !

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  4. Um dia isto poderá vir a fazer sentido para mim. Agora só me faz lembrar Hitchcock.
    Obrigada!

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