Toda a vida guardou aquela caixa
sobre o armário do seu quarto.
Uma caixa pequena
forrada a veludo vermelho
que continha tudo aquilo
que acreditava ter sido a sua vida.
Muito cobiçada pelos familiares,
defendia-a fechando à chave a porta do quarto
ou levando-a consigo quando a ausência era prolongada.
Morreu
e os seus herdeiros
com o coração batendo
tomaram com cuidado aquela caixa
que continha tudo o que tinha sido a vida de seu pai.
Abriram-na
e...
nada!!!
Poema triste e bem encaminhado. Bem conseguido.
ResponderEliminarGostei
Agradeço a visita e o comentário.
EliminarLição aprendida
ResponderEliminarVou deitar fora a caixa
Pôr um letreiro
«Este armário não tem nada»
e deixar aos herdeiros
um epitáfio a colocar
na minha campa
"Aqui jaz
um homem
que sempre quis
mudar o mundo,
só que não teve tempo"
Agradeço o original comentário.
EliminarAs vidas têm o estranho hábito de se esgueirarem pelas mais ínfimas frestas. É por isso que eu vivo a minha por inteiro, até à medula. Só deixo rastos...
ResponderEliminarAbraço, L.
Bom dia e muito obrigado pela visita e pelas palavras.
Eliminar... abriram-na e... nada...
ResponderEliminarComum a tanto mortal
.
Um dia feliz
Cumprimentos.
Muito obrigado pela sua visita e pelo comentário.
EliminarThanks for your visit.
ResponderEliminarInteressante!
ResponderEliminarUma caixa vazia.
Uma caixa cheia de nada!
Talvez tudo para quem a deixou.
Desconcertante, mas reflexivo!
:)
Muito obrigado pela sua interpretação. E pela visita.
EliminarNada? Impossível! Eles que descolem e procurem debaixo do veludo: decerto estará lá um mapa do tesouro!
ResponderEliminarObrigada!
Obrigado pela sua visita e pelo bom humor do comentário.
EliminarNão era sentido de humor, era sentido figurado: o que encontrarem mesmo sem se poder ver, será o pai deles.
Eliminar:)
Assim seja. Obrigado na mesma.
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