A solidão ninguém sabe
A solidão não existe
há sempre uma voz retalhada
que nos fala dos nossos vícios
o vício de falar
o vício de chorar
o vício de querer um corpo
o vício de viver
A solidão não existe
nós é que existimos
na orla da nossa memória
outrora tumultuosa.
Há sempre uma voz
mesmo que silenciosa
num lugar raro
que nos acompanha
e sabe tudo de nós
mesmo o que escondemos.
A solidão não existe
o que existe são os outros
os caminheiros inúteis
mortos antes e depois de nós
e os rumores que deixam
nas nossas gavetas.
A solidão não existe
se não acreditas
leva contigo a verdade
eu fico mesmo que enfraquecido
ao som de um violoncelo.
A solidão
é uma chávena de café e um pão
no início da madrugada.
ResponderEliminarTomar café no início da madrugada, só serve para quem precisar de trabalhar de noite.
Hábito que desaconselho nos restantes casos!
Gostei muito de saber que a solidão não existe!
Gostei ainda mais de ver uma nota positiva no seu texto.
Um beijinho para confirmar que a solidão não existe
(^^)
O café pode ser descafeinado. Obrigado pela solidariedade.
EliminarUm abraço.
Cheguei aqui tão tarde, porque tenho estado a responder aos teus comentários, querida AFRODITE.
EliminarApós o jantar de aniversário, onde fui convidada, tomei café. Agora não tenho sono.
Café descafeinado e cerveja sem álcool NÃO tem piada nenhuma.
Gostei da introspecção do poema
ResponderEliminarMuito aprofundada
Gostei
O seu gosto é um elogio. Muito obrigado.
EliminarBoa Noite.
O poema e a fotografia são duas pérolas preciosas.
ResponderEliminarA fotografia é linda de morrer.
Se eu fosse poetisa tinha escrito o poema.
As palavras são as minhas.
A SOLIDÃO NÃO EXISTE
As palavras são as minhas.
EliminarA SOLIDÃO NÃO EXISTE
Quer dizer que está de acordo?
ABSOLUTAMENTE de acordo.
ResponderEliminarUm dos seus melhores poemas, na minha opinião.
Se não tivéssemos combinado, agradecia-lhe o elogio.
EliminarDesejo-lhe uma noite serena.
Twój komentarz jest bardzo obiektywny i cieszę się, że Ci się podobał.
ResponderEliminarUścisk
Tłumaczenie Google.
Às vezes,
ResponderEliminarvem cantar-me um passarinho
para minha solidão espantar.
Entro aqui, bem de mansinho
e diz-me quem sabe das coisas:
_ Não temas, a solidão não existe,
partiu, nas asas do passarinho
e com ele ...foi voar.
Um Abraço.
(este é mesmo para si)
Um comentário em forma de poema, que achei bonito e que agradeço.
EliminarOutro abraço também.
Devo concluir, portanto, que por ora estamos quites.
EliminarNo futuro, se verá!
Aproveito e ensejo para dizer o que esqueci antes de almoço que, naturalmente, terá apenas o valor da minha modesta opinião.
É o seguinte:- O texto/poema apresentado, desta vez, ficou aquém da beleza e romantismo poético que a fotografia de Bartolomeu Rodrigues me transmite.
Estarmos "quites" tem a ver com a quantidade de abraços?
EliminarTransmitirei ao fotógrafo (meu filho) o elogio à sua fotografia.
Muito Obrigado
Um abraço.
*Corrijo: 'Aproveito, o ensejo'.
Eliminar'Quantidade de abraços'? - Não, claro que não, Luís, que ideia mais peregrina!
Parece que está obcecado com essa coisa dos abraços. Nada disso.
Tem a ver com o que lhe disse aquando me comentou neste poema de AGedeão.
Se acaso retém algo daquilo que lhe digo, deve lembrar-se que prometi retribuir a sua preciosa visita e...cá vim.
Só isso.
Um abraço também.
PS- Por favor, transmita ao seu filho Bartolomeu o meu apreço pela qualidade das suas fotografias. Um dia talvez lhe peça permissão para figurar na minha rubrica de "Fotógrafos & Fotografias". Diga-lhe isso. Obrigada a ambos.
Então obrigado.
EliminarJá informei o "fotógrafo".
Muito Obrigada.
EliminarDiga-me, sff, a peça: "Como um pássaro pousado num quintal da cidade", foi escrita por si?
Tão real, tão actual, que arrepia e amedronta...
Deixo um Abraço extra.
Sim, foi escrita por mim. Já agora pergunto-lhe se achou muito longa para ser publicada aqui. Receei que não dessem atenção a um texto um pouco longo. Tenho mais mas não tenho publicado por esse motivo.
EliminarObrigado pela sua opinião.
Um abraço
Publique à vontade. São três Actos maravilhosos de uma peça que merece ser reeditada.
EliminarHá sempre leitores que apreciarão a qualidade da sua escrita, a sua criatividade e fértil imaginação.
Se não todos, será certamente a maioria os seus actuais leitores. Eu gostei muito.
Vá em frente, sem temor! :)
A solidão existas ou não - no mais fino conceito da palavra - a verdade é quye, por vezes, o seu silêncio nos alegra e faz vibrar o ego. Nem sempre a solidão é má companhia. Gostei muito da foto e do poema.
ResponderEliminar.
Na próxima 2ª feira poetizo sobre a quadra natalícia
Feliz fim de semana
Obrigado pelas suas considerações sobre o texto e a foto.
EliminarBom fim de semana.
A veces unos minutos de soledad, es interesante tener. Un aislamiento del ruído te hace interiorizar tus pendamientos y tener las ideas más claras.
ResponderEliminarBesos
Estoy de acuerdo, el silencio es necesario. Gracias por la visita.
EliminarUn abrazo
Tens razão
ResponderEliminarnão existe solidão
quanto ao que a solidão é
corrijo-te a definição
A solidão
é uma chávena de café amargo
e um pão retardado
no início do quer que seja
Bom, já vi que a ceia não é igual para todos.
EliminarUm abraço
Hum, fiquei baralhada. Começa por repetir que "a solidão não existe" e acaba dizendo que "a solidão é uma chávena de...".
ResponderEliminarPara mim a solidão não existe... mas sente-se.
Confusão! Venha um descafeinado.
Beijo, bom domingo.
O que acho interessante é exactamente isso, a interpretação, a dúvida, a discordância ou seja, provocar uma resposta, uma sensação qualquer.Talvez a poesia também sirva para isso.
EliminarA solidão
é uma chávena de café e um pão
no início da madrugada.
A solidão é coisa pouca, nós somos a nossa solidão.
Muito Obrigado por me ter dado a oportunidade de falar um pouco.
Um abraço.
Se nós somos a nossa solidão, nunca, jamais, ela poderá ser "coisa pouca". Digo eu!
ResponderEliminarEu, que agradeço as suas respostas.
Agora... favas!
Beijo
Tem toda a razão, reconheço que não pode ser coisa pouca.
EliminarSó fiquei curioso com a sua referência a "favas", não soube como interpretar.
Um abraço e um obrigado.
12:58 hora de almoço, favas. Coisa pouca!
EliminarAo jantar, chá e torradas.
E assim se leva a vida!
Beijo
Obrigado pela informação. Favas é coisa de que também gosto.
EliminarGostei da foto, simples e bonita.
ResponderEliminarO poema é mais profundo.
E acho que solidão existe.
Mas, também acho que pode nao existir e ser apenas "fabricada".
Porque pode dizer não â Solidão.
E por vezes basta apenas tomar um café e olhar a natureza.
beijo Poeta/Pintos
:)
Estou de acordo com o seu pensamento.
ResponderEliminarUm abraço