O rumor daquela noite
Setenta natais depois
percebia-se o rumor
da noite a aproximar-se.
Quatro olhares azougados
tomaram o meu lugar
pequenas mãos descobriram
o mesmo que eu descobri.
Setenta natais já velhos
num sonho sonhado à pressa
antes que fosse dia.
Quatro olhares azougados
tomaram o meu lugar
sobre as palavras viúvas
as mesmas que eu descobri.
Setenta anos depois
tropeçando nas memórias
ao querer beijá-los a todos
nem dei conta nestes versos
que o natal tinha acabado.
Curiosamente, este Natal passou demasiado rápido, para mim, em relação a anos anteriores.
ResponderEliminarÉ bom revermo-nos nos gestos das crianças de hoje que nos fazem lembrar a criança que fomos.
Um tema que me levaria a dissertar sobre as minhas alegrias ao ver, por vídeo-chamada, a surpresa e a alegria do meu neto mais novo.
Mas este é o seu espaço e é dos seus e de si que o poema fala.
Gostei muito. Passou rápido, mas foi muito bom.
Boa Noite.
Agradeço a sua pronta vinda. A minha experiência foi idêntica, também vi os meus netos e o seu contentamento. Para o ano se verá como vamos festejar.
EliminarResto de Boas Festas.
Um abraço.
Um bom sentimento pós natal em época de revolução
ResponderEliminarGostei
Obrigado pelo seu comentário. Fiquei a pensar na sua expressão "época de revolução", talvez sim, mas lentamente, ainda não revolucionou onde pode mudar a essência do mundo. Vamos ver quem vence quem.
EliminarCieszę się, że ci się podoba. Jestem zadowolony z wizyty. Życzę Wam dobrego zdrowia w 2021 roku.
ResponderEliminarTłumaczenie Google
.Para o ano que vem haverá outro Natal. Espero que seja muito melhor que o quer acabou de passar.
ResponderEliminar.
Feliz fim de semana
Obrigado, comungo dos seus votos.
EliminarUm abraço.
Viva!! Gosto sempre de voltar cá para reler os textos e fazer-lhe mais uma visitinha, enquanto o resto dos leitores não terminam as férias natalícias e o vêm alegrar e acompanhar, como sei que gosta.
ResponderEliminarQuase sempre descubro algo que antes me havia escapado.
...sonho sonhado à pressa
antes que fosse dia.
Não sei como consegue imprimir mais ou menos velocidade aos seus sonhos. Um dia há-de explicar-me como faz isso.
É que há sonhos que eu gostaria de despachar à velocidade da luz e outros há que gostaria de retardar e manter «in aeternum». 😌
E pronto. Agora vou até à cozinha desligar a panela da sopa.
É servido de uma sopinha de couve penca - da Póvoa - e feijão manteiga?
Até logo ou até amanhã.
É simpático da sua parte voltar para mais uma visita. Isso de sonhar à pressa é como dormir à pressa ou descansar à pressa, não sei explicar, é tudo imaginação. Agradeço o seu convite mas, claro, não posso aceitar por motivos óbvios. Mas fico reconhecido.
EliminarUm abraço. Até logo.
3o anos depois, o nascido
ResponderEliminarfaleceu porque o mataram
assinalar a data, assim
não a deixarei morrer
A outra,
setenta e quatro anos festejada
está morta
(o que se passou ontem
já não se enquadra
com a festiva quadra
pelo mesmo motivo
do seu, meu amigo)
Um comentário profundo, sério, que agradeço. Só uma dúvida; o nascido que mataram, não foi aos 33 anos?
EliminarUm abraço.
Tem razão!
EliminarConfundi com o ano em que o seu gesto determinou o seu destino: a expulsão dos vendilhões do templo...
setenta é apenas um número.
ResponderEliminar;)
Sem dúvida, poderia ser qualquer outro.
EliminarUm abraço.