Quem me chama?


Depois dos nomes que tive 

comecei a recusar 

os que me provocavam lágrimas. 

Também recusei palavras

feias, falsas, fatigadas.


Ser vento ou furacão, 

ser chama ou fogacho, 

ser cristalino ou translúcido, 

ser montanha ou espinhaço, 

ser cobiça ou cupidez, 

ser guerra ou desavença, 

ser amor ou ser benquerença

qual é a diferença ___ a não ser 

a beleza da palavra 

na construção do poema? 


Foi mais o alarido que a verdade. 

Sendo assim 

fico a lamber o mel dos dedos

até me chamarem de novo. 





21 comentários:

  1. Eu fico a lamber a beleza da palavra na construção do poema.

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  2. Na «rapidez» de um instante
    finei-me na «fome» da tua «pele».

    Aquela «mancha» de «sangue»
    foi «expressão» de uma «Arte»

    Banhada de «Sol» e «Beleza»
    Com «poder» mas sem «Carisma»___

    ___ Todo o Poema se resume a «Nada».

    Um abraço de Boa Noite!


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    1. Bom comentário, boa resposta, bom poema. Agradeço.
      Um abraço, uma noite serena.

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    2. Sabe, Luís? Estive uns momentos s olhar a sua lista de blogues a crescer ali na lateral direita e, ao olhar para o blogue da Poetisa Maria João, ali no fundo, senti uma grande tristeza.
      Imagino o quanto deve já ter sentido a falta dos seus comentários, sempre tão assertivos e sábios.
      Até eu sinto por aqui a sua falta...
      Desculpe, mas tive de o dizer.

      Até amanhã.

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    3. Não tenha dúvida tenho pensado muito nisso.

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  3. A força enigmática da palavra como pedra basilar do ser.
    Gostei

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  4. Quem te chama?
    Eu!
    E apenas para te dizer
    que há sempre alternativas
    entre o ser ou não ser
    Ser vento ou furacão, podes ser brisa
    ser chama ou fogacho, podes ser luz
    ser cristalino ou translúcido, podes ser opaco
    ser montanha ou espinhaço, podes ser vale
    ser cobiça ou cupidez, passar ao lado do alheio
    ser guerra ou desavença, ser apaziguador
    ser amor ou ser benquerença, ser apenas ser

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    1. Que resposta criativa. É por isso que cada vez estou mais satisfeito com o blogue e sobretudo com a frequência. Vivam todos os que me prestam atenção.
      Um abraço.

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  5. As palavras leva-as o vento
    Muitas vezes diretas ao coração
    Enroladas pelo pensamento
    Que deixam a mente em reflexão
    .
    Cumprimentos

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  6. ¿Quién está llamando? Pensemos en el lado positivo...el negativismo no conduce a nada..quizás sea la llamada que estabas esperando y que no te atrevías ni siquiera a imaginar.

    Besos

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    1. Siempre existe la esperanza de que alguien nos llame.
      Un gran gracias.
      Un abrazo.

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  7. Antes de mais agradeço a visita ao meu blog.
    Vejo por aqui muita gente conhecida o que muito me apraz.
    Quanto ao poema, gostei muito.
    Não se amofine com as palavras dos outros, só se desgasta, o mais importante somos nós próprios.

    Um abraço
    Manu

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    1. Caro Luís, não me leve a mal, mas venho dizer-lhe que - penso eu - as palavras "dos outros" a que a Manu se refere não são as dos comentadores. Pelo que dela conheço jamais recriminaria as palavras alheias.
      A referêncoa será às palavras do seu poema:

      "... recusei palavras

      feias, falsas, fatigadas."
      .

      Um abraço aos dois!

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    2. À Janita agradeço a sua correcta interpretação.
      Um abraço também.

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    3. Manu, Obrigado pela sua vinda e pela apreciação. Tomei em conta o seu comentário. Depois da chamada de atenção pertinente da Janita alterei a minha resposta. Só me compete agradecer a gentileza das suas palavras
      Até à próxima
      Boa Noite.

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  8. Caro amigo
    adorei esta aguarela e sem saber até está lá meu nome.
    o poema como sempre, muito criativo, muito realista e de que gostei bastante.
    beijinhos
    :)

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