Foto de Daniel Rodrigues
Manchas escondidas
Sento-me na minha cama
fazendo traços de luz
no silêncio da idade.
Mingua-me o desejo
e ainda ontem confessei
esta febre no meu peito.
Cada poeta cada farsante
só eu sei onde estão
as manchas no meu corpo.
"Cada poeta cada farsante".
ResponderEliminarNão pude evitar um sorriso...
Não é fácil para ninguém verificar as marcas que a idade nos põe na pele e na alma...
Um poema simples, ternurento e profundo. Tão profundo quanto a paisagem da fotografia.
Basta que se atente bem em cada palavra e o olhar se detenha em cada pormenor dos ramos nús das árvores...
Escrevemos sobre os malefícios da idade como forma de os compreender e aceitar. Agradeço o seu expressivo comentário.
EliminarA análise da nossa vida como momento inevitável
ResponderEliminarGostei
Por vezes é necessário fazê-lo.
EliminarObrigado.
Na tua imagem
ResponderEliminarestás a ver
aquela árvore
a mais triste
a mais velha?
Hoje, vai sentar-se na cama
antes do sono lhe chegar
a planear que frutos dará
amanhã, ao acordar
Uma árvore que dá muitos frutos na luta pelos seus ideais.
EliminarApoio a resposta da Teresa.
EliminarQue suavidade encontra a pessoa que o ama nas manchas do seu corpo.
ResponderEliminarUma família com enorme talento fotográfico.
Encontra um mapa das vivências, marcas dispersas das falas do corpo.
EliminarOs filhos talvez herdem as tendências dos pais.
Gosto do poema. Há dignidade e uma grande sabedoria em reconhecer as marcas da idade.
ResponderEliminarGosto da imagem.
Reconhecemos e valorizamos essa realidade.
EliminarObrigado pelo seu comentário.
cada poeta, cada farsante, tem dias em que a verdade, mancha.
ResponderEliminarcomo o compreendo...
beijinho
Fê
A sua compreensão ajuda. Agradeço.
EliminarUm abraço
Meu Amigo
ResponderEliminarPoeta
Pintor
Aguarelista
Pensador
Mestre
hoje o meu comentário é feito desta maneira, porque é um exercício que faço sempre que um poema me toca.
peço desculpa e avise-me se não concordar.
obrigada!
as manchas no meu corpo
só eu sei onde estão
cada poeta cada farsante
esta febre no meu peito
e ainda ontem confessei
mingua-me o desejo
no silencio da idade
fazendo traços de luz
sento-me na minha cama.
Bom domingo
beijinhos
:)
Gosto desse seu habitual exercício curioso de inverter a ordem do texto. Tem resultados muito curiosos. Gosto sim.
EliminarUm abraço e obrigado.