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A música era a medida da nossa vida
Conservei a cadeira onde te sentavas
a ouvires a prática dos meus dedos
a que chamavas bichos-de-conta,
sobre as teclas do teu piano.
Ondulavas o teu corpo em sintonia
com as mãos de onde nascia a música.
O passado tem sessenta anos
antes disso nada tinha existido
a música era a medida da nossa vida.
Dizíamos
"antes ou depois daquele concerto em… "
e mediamos o tempo, o nosso tempo
em notas musicais e sorrisos.
Está ali a tua cadeira
no mesmo sítio de sempre junto à janela
o sol a iluminar a tua ausência
na música, agora, só há notas supérfluas.
ResponderEliminarCoincidência... eu também meço a minha vida através da música! :)
Numa pauta de música... as "pausas" também são música.
Beijinhos musicais
(^^)
A importância da música e a importância do silêncio.
EliminarObrigado, Boa noite.
Eu meço a minha vida através do silêncio.
EliminarO passado e as nossas memórias servem como oxigénio
ResponderEliminarGostei
Por vezes é difícil respirar quando nos recordamos de certas coisas. Obrigado.
EliminarMemórias dolorosas de um amor que continua vivo.
ResponderEliminarRuínas, que teimam em manter-se de pé.
Abra a janela e deixe que o sol lhe aqueça o coração.
Fique bem.
Vou fazer isso que sugere. Muito obrigado.
EliminarUma noite descansada.
Vou inflectir no meu hábito
ResponderEliminarde me colocar em contraponto
e no mesmo plano
e no mesmo contexto
Era abusivo
confesso
Assim, não sei o que diga
talvez...
que a minha memória está bem viva
que a minha casa é
toda ela
uma janela
mas onde o sol tarda
A memória, quando é para recordar momentos bons, já é o sol.
EliminarObrigado
O poeta caído na cadeira dela, chorando exangue.
ResponderEliminarPoema e fotografia em maravilhosa sintonia.
Até quarta-feira!!
Imagem trágica.
EliminarAté quarta-feira
A dor e a saudade feita poesia.
ResponderEliminarE uma bela fotografia.
Abraço, saúde e uma boa semana
Obrigado pela já habitual visita.
EliminarUm abraço, saúde.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarUma (bela) mas triste foto/imagem de abandono que até faz doer a alma. Mas neste Portugal que amo, existem tantos abandonos assim...sendo que alguns, infelizmente, são humanos e não de tijolo e cimento.
ResponderEliminarO poema retrata perfeitamente os abandonos - uns por morte - a que tanta gente e tanta coisa, está sujeita.
Adorei a conjugação poema/foto desta lindíssima publicação.
Uma semana feliz
Agradeço o completo comentário.
EliminarBoa semana.
Mas quando todas as notas lhe parecem supérfluas, o silêncio sugere-lhe outras notas... Os alicerces permanecem intactos.
ResponderEliminarForte abraço, L.
Pode ser que sim. Os alicerces envelhecem.
EliminarMuito Obrigado, um abraço também.
Medir a vida através da música. Belíssima ideia. Um poema magoado de ausência. Cheio de sensibilidade e emoção.
ResponderEliminarUma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
Obrigado pelas suas palavras sempre tão agradáveis para quem publica.
EliminarDesejo-lhe também saúde e envio-lhe um abraço.
La música siempre ha formado parte de mi vidas, aunque no haya aprendido a tocar ningún instrumento.
ResponderEliminarLa música es fundamental en nuestra vida, en las ocasiones felices pero también en las tristes.
EliminarGracias por la visita. Un abrazo.
Medir a música através da vida digo eu.
ResponderEliminarMas a cadeira faz corpo presente.
E que a música volte aos dedos que dedilhem o piano.
Boa semana meu amigo
:)
Também é uma boa alternativa medir a música a partir da vida. A cadeira lá continua, hoje sem sol.
EliminarBoa semana, um abraço.
Obrigada!
ResponderEliminarDe ausência, saudade, música e um cadeira junto à janela se fez um belo, dolorido e emotivo poema.
ResponderEliminarQuem sabe, escreve assim!
(Dei por mim a pensar que o meu tempo é medido em viagens... Estranho?!)
Beijo
Acho que mede o seu tempo de uma forma muito interessante, também sou um amante de viagens. Não é nada estranho.
EliminarUm abraço.