Cadeira
Falo contigo Cadeira
elogio a tua existência e a tua paciência.
Passas a vida sentada
gerações e gerações
esperando corpos que se ajustam a ti
se servem de ti, alguns bem pesados
passas a vida sendo
testemunha de conversas
discussões
juras
segredos
actos amorosos
em que por vezes participas.
És evocada em frases vis e agressivas
"ambicionas a cadeira do poder!"
"levas com uma cadeira nos cornos!"
porque és de fácil manuseamento
e de largo espectro de efeito agressivo.
Cadeira
quanto mais velha mais valiosa és
e dás garantia de resistência.
Bem hajas Cadeira
especialmente tu cadeira da minha vida
onde estou sentado.
Isto é uma homenagem
Kadeira anónima
E também um acto de
Amor a todas vós.
Nunca a IKEA pensou ser publicitada de maneira tão singularmente poética.
ResponderEliminarA minha, aquela em que estou sentada, também a comprei no mesmo sítio, mas é muito mais confortável.
Bom fim-de-semana.
A cadeira é a peça de mobiliário de concepção mais difícil e a mais carismática. Achei que merecia um texto de homenagem. Esta da foto é das mais baratas.
EliminarBoa Noite, obrigado pela vinda.
A cadeira merecia o texto em sua homenagem e até muito mais, a IKEA é que não me parece ser merecedora de figurar num poema.
EliminarMas isto é a minha opinião. Cada um lá saberá das linhas com que se cose.
Boa noite.
Estou totalmente de acordo consigo, também não quero fazer nada pelas multinacionais mas eles não vão saber e a mim deu-me jeito no texto.
EliminarUm abraço
Cadeira, um artigo que faz depender grande parte da criação humana
ResponderEliminarGostei
A peça de mobiliário mais em contacto connosco. Obrigado.
EliminarEu diria a cama.
EliminarRENDO-ME à sua imaginação, POETA.
ResponderEliminarHomenagear uma cadeira com um poema é o MÁXIMO.
As frases vis e agressivas são tão reais.
NÃO encontro no poema a palavra IKEA.
Se a encontrar diga-me.
Está em modo acróstico nos últimos 4 versos, Teresa.
EliminarNão é possível que não vejas.
Boa noite, durmam bem.
Acho que a Teresa estava a brincar. Ainda assim agradeço à Janita o esclarecimento.
EliminarA cadeira é uma presença constante e está em todas as casas sejam as dos pobres ou dos ricos.
EliminarEsplêndido, L.!
ResponderEliminarNo entanto, no entanto... cuidado! Sei que isto é um exagero e que não pretendeu publicitar coisa nenhuma, mas eu continuo a ver a arte cada vez mais ao serviço das actividades que garantem lucro imediato, vêm-me à memória Adorno e Horkheimer e não consigo evitar um calafriozinho...
Olhe, L., não ligue muito a estas minhas manias; afinal até o Pessoa mordeu o anzol e eu, hoje, até estou a "vender" sonetos ao postigo, rsrsrs...
Forte abraço!
Estou de acordo consigo e estou atento a essas invenções das "indústrias criativas". A verdade é que a necessidade de sobrevivência nos obriga a certas pequenas concessões, eu trabalhei muitos anos em publicidade, precisamente a inventar a melhor maneira de vender. Por causa das minhas reservas é que não projectei a minha actividade como artista plástico
Eliminaronde é preciso estar no lugar certo e procurar "estar no meio" das pessoas certas.
Aqui no texto foi só uma brincadeira que veio a calhar.
Prezo os seus comentários. Um abraço
Boa tarde Luís, parabéns pelo texto inspirado, mesmo sobre uma cadeira, você nos trouxe um texto brilhante.
ResponderEliminarMuito obrigado, por vezes a coisa sai.
EliminarUm abraço.
Um poema muito criativo que deixa qualquer cadeira, vaidosa :)
ResponderEliminarEmbora ache essa um pouco desconfortável, serve para o efeito a que foi destinada.
Um abraço
Está não é confortável mas mostrou-se fotogénica.
EliminarObrigado pela visita, um abraço.
Me guata como has tomado la foto de la silla, con el buen contraste de la cortina blanca que tiene detrás.
ResponderEliminarBesos
Sí, la foto estuvo bien, fue una casualidad. Gracias por visitarnos.
EliminarUn abrazo
Gosto da cadeira. E do poema. A IKEA? O Diácono Remédios diria "Não havia necessidade". Penso o mesmo.
ResponderEliminarAbraço, saúde e bom domingo.
Por vezes gosto de terminar com uma nota de boa disposição e que surpeenda.
EliminarBom domingo, saúde, um abraço.
Gosto da cadeira, embora não gosto do IKEA (coisas)
ResponderEliminarO Poema está bom, porque cadeiras há muitas e não só as de se sentar.
beijinhos
:)
O IKEA foi só por piada.
EliminarUm abraço