Não voltes
É de noite, sim
vi luz por baixo da tua porta.
Sei que já não vives aí
sei que a tua casa
é uma gruta de memórias
escura ___
___ mas vi luz por baixo da tua porta
o soalho cede e range
apenas à ideia dos teus passos
sei que já não vives aí
mas vi luz por baixo da tua porta
é o sinal que me dás
que tens medo de voltar.
Mesmo assim
deixa ficar esse traço de luz
enquanto não passar o nevoeiro
e eu tiver uma parte do meu corpo
irrequieta.
As memórias vivem connosco e destroem nos
ResponderEliminarDe dentro para fora
As memórias marcam no espaço onde não temos marcas.
EliminarAs memórias são, todas, passíveis de serem usadas e reconstruídas, ainda que sobre tela ou nos versos de um poema; são um dos nossos mais belos e frutuosos patrimónios.
ResponderEliminarPor isso, L., a minha casa também é um palácio.
Forte abraço!
Na nossa casa é que estamos bem.
EliminarUm abraço
Eu na casa dos outros também.
EliminarRegresso hoje à e, quero ver um traço de luz.
... à noite ...
EliminarTodos os dias há algo incandescente.
EliminarA minha casa não é um Palácio,
ResponderEliminarnem pelo luxo, nem por me dar __
__ muita alegria.
É o lugar em que tenho de viver,
sem résteas de luz a espreitar
sob as portas__
__ seja noite ou seja dia.
Gostei muito do seu poema mas, por favor, veja se mantém TODAS as partes do seu corpo irrequietas.
Sobretudo, a imaginação.
Bom dia.
Um abraço.
Vou tentar, mas a imaginação não, ela deve ser irrequieta tal como a curiosidade.
EliminarAs résteas de luz estão em lugares improváveis é aí que entra a imaginação.
Obrigado, bom dia, um abraço.
Por vezes "vemos" o que quer gostaríamos de ver.
ResponderEliminarBom final de semana
Sim, confundimos o desejo com a realidade.
EliminarObrigado, um abraço.
A minha casa sempre foi um palácio.
ResponderEliminarÁs vezes amarelo,
tão brilhante como o sol da Alegria
que enchia de riso, quartos e salas.
Outras vezes cinzento,
muito escuro.
Tão escuro quanto a dor
que desventrava o meu corpo
e se esparramava pelo chão.
Por vezes cheio de música
como riso de crianças
brincando no parque.
Outras tão silencioso,
como espirito amordaçado pelo medo.
Mas a minha casa, sempre foi um palácio.
Abraço e saúde
A nossa casa era vida mas, todos foram para as suas casas, agora a Nossa Casa somos nós.
EliminarObrigado pelo poema descritivo e verdadeiro que fala do que nos é comum.
Um abraço.
Quando uma parte do corpo está irrequieta e vemos um traço de luz por baixo da porta, de certeza que é um convite para voltar.
ResponderEliminarA minha casa, é o meu palácio !
Um abraço!
Por detrás do traço de luz não havia ninguém.
EliminarA nossa casa é a Nossa Casa.
Um abraço
À minha casa, aquela que há pouco
ResponderEliminardeixei de dizer ser nossa
tem dias, que é palácio
tem dias, que é gruta
tem dias que é ginásio
outros ainda, jardim
Gosto da minha casa
E a minha casa gosta de mim
(com este desconfinamento, um dia destes ligo-te)
Abraço, largo!
A nossa casa é tudo o que quisermos é tudo para nós. Quando ligares cá estarei.
EliminarUm abraço
A casa
ResponderEliminara luz debaixo da porta
pode ser tudo ou nada
a casa pode ter luz e nao ter ninguem
a casa pode nao ter luz e ter alguem
e a porta deve se abrir
um dia
outro dia
ou quem sabe
bater na porta para ver se a luz está acesa por esquecimento
beijinhos
:)
Interessante para mim como autor do texto são essas incógnitas a que cada um responderá para si próprio e isso será outra história.
EliminarUm abraço, obrigado pelas visitas.