Foto do autor do texto
O passado é um saco com pedras
Sei que me esperas porque eu sou
de todos os teus filhos o teu único filho.
Mas não vou sair daqui
tenho frio, tenho muito frio
embora o sol me entre pela casa dentro
sairá pela porta do fundo.
Foram claras as tuas palavras, lembro-me
mas não sou mais do que uma criança
com sono e com má memória.
O poder e a desilusão da memória na nossa vida
ResponderEliminarQue marcam para sempre.
EliminarO meu passado não é um saco com pedras — com as quais construía um palácio.
ResponderEliminarAs palavras da minha mãe — quando eu lhe comuniquei que não regressava a Portugal — eram pedras duras atiradas contra mim.
Desculpe este desabafo de uma filha única — daí o desespero da minha ausência.
Gosto muito deste tipo de fotografia tão precisa na sua technologia.
Compreendo muito bem o seu desabafo. A foto é o Guggenheim Bilbao.
EliminarSuspeitei que fosse uma obra do arquiteto Frank Owen Gehry.
EliminarQuem sabe, sabe!
EliminarGosto destes seus diálogos com as suas memórias, L.
ResponderEliminarE a fotografia do Guggenheim Bilbao é lindíssima.
Forte abraço
Os arquivos que transportamos.
EliminarBom Dia.
Um abraço.
Nem todas as memórias são sacos de pedras, embora muitas pedras façam parte de todas as memórias. A foto é divina.
ResponderEliminar.
Feliz fim de semana … Cumprimentos poéticos.
.
Totalmente de acordo.
EliminarBom fim de semana.
Cumprimentos.
Também tive pedras no meu saco de memórias, mas com o tempo fui-me desfazendo delas, agora tenho pedras no saco do presente.
ResponderEliminarUm abraço e parabéns pela foto.
Eliminar as pedras do passado é uma "arte" que alguns de nós tiveram a capacidade de realizar.
EliminarObrigado, um abraço.
Sim, talvez o passado
ResponderEliminarseja esse saco
mas a minha memória
pesa-me como uma pena
e meu sono é de menino
embalado
por todo o meu passado
e é a ele agarrado
que adormeço
(sonhar? só sonho acordado)
Um ser sobre o qual o passado não pesa. É um bem conseguir ter um sono reparador.
EliminarHá pedras com vida por dentro
ResponderEliminarTambém já suspeitei que sim.
EliminarEl pasado nunca se olvida y se vuelve a revivir.
ResponderEliminarBesos
A veces, el pasado vuelve a nuestra memoria.
EliminarUn abrazo
Também tenho um saco de pedras do passado, umas com arestas nas pontas e outras arredondadas. Guardo ambas, embora as de arestas tenham sido situações complicadas. Nem tudo na vida é fácil, bonito, ou bem resolvido.
ResponderEliminarGostei da foto e do texto.
É mais comum do que julgamos ter pedras na memória.
EliminarFico satisfeito por ter gostado.
Quem não tem um saco de pedras na memória?
ResponderEliminarTambém tenho as minhas.
Gosto muito da foto.
Abraço, saúde e bom domingo
Alguns de nós temos as nossas pesadas recordações.
EliminarBom domingo com a hora avançada, um abraço.
As minhas memórias são boas, mas ele foi embora eu era uma criança.
ResponderEliminarSinto saudades apenas muitas,e se existem pedras na memória as dele foram de ensinamento.
O meu pai era adorado por mim.
:(
Todos temos uma ou outra pedra na memória. Respeito essa saudade.
EliminarUm abraço.
Luis, partilho uma «pétala» de Saramago, sublinhada no romance "O homem duplicado":
ResponderEliminar“O passado é um imenso pedregal que muitos gostariam de percorrer como se de uma auto-estrada se tratasse, enquanto outros, pacientemente, vão de pedra em pedra, e as levantam, porque precisam de saber o que há por baixo delas.”
Quando ao resto, como a Fê pedras só no saco do presente.
Gosto do efeito geométrico da foto.
Beijo, boa semana.
As pedras que transportamos, aos poucos, as menos pesadas vão ficando pelo caminho.
EliminarBoa semana. Um abraço.