Foto do autor do texto
Vendo palavras
Vendo os meus versos na Feira da Ladra
envergonho-me quando me chamam
poeta comerciante
mando-lhes versos para cima
para que percebam que a vida
não é para ser levada a sério
os que se riem viram-me as costas
e continuam mortos.
Nesta venda falta aquela dimensão
em que um acolhe a alma do outro.
Desiludido
vou vender palavras a retalho.
A vergonha de um poeta é notícia mesmo se em sentido figurado
ResponderEliminarSendo assim a CMTV vai aparecer.
Eliminar"Vi" este seu texto poético como quem assiste a uma curta peça de teatro. Está tudo lá; actor principal, personagens secundários, acção e até um pequeno enredo.
ResponderEliminarA fotografia é lindíssima.
Forte abraço, L.
Achei muito interessante a sua interpretação, nem tinha pensado nisso. Os comentários enriquecem.
EliminarSaúde, um abraço.
Bom dia!
ResponderEliminarAinda que todos os seus textos, com mais ou menos poesia, implícita ou explíta, estejam envoltos numa determinada mensagem, vou atribuir a este uma ligeireza que me agrada, pelo sentido de humor que o autor revela.
Saber rir de si, brincar com o que lhe é caro, é uma Arte que nem toda a gente sabe e muitos nem sequer entendem.
Bom, seguindo o meu raciocínio, também vou brincar um pouco...
A fotografia possui uma estranha beleza. Talvez se identifique com o texto, porém, quem a não identifica, sou eu.
Será um beco de Alfama
onde mora a Madrugada?
E ela, de tão estouvada
nem sabe como se chama?!
Desejo-lhe um excelente dia.
Gostei do seu comentário e o valor que atribui ao texto.
EliminarA foto é uma rua de Cáceres (uma rua para pessoas magras).
A sua quadra, agora, terá de ser adaptada ao lugar fotografado.
Muito Obrigado, um bom dia também para si.
Entonces...
EliminarNo es un callejón en Alfama,
es un callejón estrecho
en una ciudad medieval extremeña.
Allá, si, tiene mercadillos de venta
de poemas y versos.
Uno recibe un versito
en cambio de un besito.
Não sei fazer melhor...
Olhe que está muito bem e em Castelhano mais difícil e arrojado ainda.
EliminarFoi um gosto. Obrigado.
Ontem à noite, escrevi a minha opinião sobre a fotografia e o poema, que a providência evitou a publicação.
ResponderEliminarAo ler os comentários dos outros comentadores — compreendi como a minha interpretação do poema e o local da fotografia estavam absolutamente errados.
Então, digo simplesmente que gosto muitíssimo da perspectiva da fotografia.
Enquanto, o poeta vende a poesia a retalho, eu retiro-me e desejo-lhe um dia primaveril e seco 🦋
Foi pena não ter visto o primeiro comentário, todos são válidos e provávelmente seria original. O dia está apenas parecido com a Primavera.
EliminarGosto da foto. Há uma em Setúbal que não será muito mais larga.
ResponderEliminarE gosto do poema.
Eu que durante anos frequentei o Hospital da Marinha, e passeei muitas vezes pela Feira da Ladra pus a imaginação a funcionar. E fiquei com a mesma sensação da Maria João.
Abraço e saúde.
É um prazer receber os Vossos comentários identificando-se com alguns elementos do texto, é compensador. Agradeço.
EliminarUm abraço.
Me gusta esa foto que acompaña tu texto. Me perdería por esa calle y seguiría recorriendo la ciudad.
ResponderEliminarBesos
La foto es de una calle de Cáceres, una ciudad de tu país de la que soy admirador. Un abrazo
EliminarQuero comprar os seus versos, prometo não me rir e muito menos chamá-lo, poeta comerciante.
ResponderEliminarEm Lagos há uma rua parecida à da foto, aliás, uma foto magnífica.
Um abraço
O que aqui escrevo também pode provocar o riso... e eu gosto.
EliminarNão conheço essa rua de Lagos.
Obrigado. Um abraço.
Caro Poeta
ResponderEliminarAchei esta foto de suporte, muito bem "casada" com o poema.
Com um ligeiro humor é um poema desempoeirado e bastante criativo.
Mas, sabe, os livros de poesia vendem-se pouco.
Se calhar também vou para a Feira da Ladra!
Mas não sei se consigo vender palavras.
;)
Aproveitei para um momento de humor, não pode ser tudo muito sério.
EliminarUm abraço.