Uma canção, uma papoila. 


Escrevo ao compasso de uma canção 

agora 

quando tudo em mim faz sentido

num momento apenas 

neste momento melodioso 

em que uma papoila nasceu 

mesmo junto à minha casa 

meu lugar de exílio. 

Lembro-me do teu olhar 

como uma mão estendida 

já não sou clandestino

é para ti esta papoila 

ao compasso de uma canção.




22 comentários:

  1. Ontem um cravo vermelho em alvoroço, emoção, saudade.
    Hoje o nascimento de uma papoila ao som de uma canção.
    Palavras ao compasso do coração do POETA.

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  2. Ahh, L. ; a papoila é sua e de todos os que por aqui passarem, mas eu aceito-a já como se minha fosse :)

    Forte abraço!

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  3. Bom dia!

    Eis uma publicação que me encheu a alma de júbilo.
    Numa espécie de "dia seguinte, ao Dia mais importante", a papoila, no seu vermelho vivo, simboliza a Liberdade, a alegria de correr e saltar pelos campos em flor.
    Claro que a vou levar comigo...!
    Se o autor diz - ou pensa - na sua exaltação generosa pela clandestinidade já ser coisa do passado, que a papoila é para mim, (para todos quantos o venham ler) e eu gosto tanto de papoilas...

    Obrigada!

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    1. É um contentamento para mim ter correspondido ao seu gosto. Dado a especial preferência por papoilas, se me enviar a sua morada poderei oferecer-lhe uma parecida. Estou a ver que as imagens abafam os escritos mas... não me importo.
      Muito Obrigado

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    2. Para que não sinta que o seu texto foi esquecido, porque de facto o não foi, trago-lhe um outro comentário.
      Não substitui o anterior, de modo algum. É apenas porque gosto de escrever para si... :)


      Uma Papoila, Uma Canção.

      É ao compasso de uma canção /Quando tudo o que hoje canto
      Me diz livre da mordaça castradora/ Que hoje sinto este nosso exílio,
      comparado com o de outrora...é como um cântico em louvor a uma papoila.

      *_*


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    3. Um comentário em forma de poema, que agradeço.
      Obrigado pela gentileza.

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  4. As papoulas são tão bonitas como frágeis. Embelezam, regra gera, as searas de trigo e de aveia, embora também nasçam noutros locais
    Gostei da tela e do poema.
    Deixo cumprimentos

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  5. A singela papoila, merecedora de uma canção de embalar, deu todo o espaço aos versos do poeta.
    Faz sentido!
    Beijo.

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  6. Una bella letra para una canción...ahora y solamente falta la melodía.

    Besos

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  7. "Uma papoila crescia, crescia, grito vermelho num campo qualquer."
    Seria esta a canção que embalou o poeta e que lembra,
    Liberdade, tão bela, tão frágil.

    Um abraço.

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    1. Recordamos com saudade as canções que ensinavam coisas.
      Um abraço.

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  8. Adoro papoilas vermelhas.
    E gostei muito do poema, que achei cheio de musicalidade.
    Abraço, saúde e boa semana

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    1. Gosto dos seus simpáticos comentários.
      Obrigado, saúde, um abraço.

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  9. Caro Poeta

    um poema cheio de ternura.
    gosto de papoilas (de todas as cores) parecem flores de papel de tão frágeis!
    deixo um beijo
    :)

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  10. Belíssimo! Gostaria de partilhar este seu poema a ilustrar uma fotografia da minha autoria. Dá-me licença que o faça? Como deverei identificar a sua autoria? Muito grata!

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