Foto de Bartolomeu Rodrigues
Um olhar, uma palavra, uma arma
Surpreendo-me
quando constroem palavras com números.
Surpreendo-me
quando os olhos derramam
lentamente
as suas lágrimas
sobre um poema de números
de fome.
Como é animada a felicidade
dos poetas do calculismo
do numerário.
Uma arma a cada homem
para que se defendam
com o olhar e as palavras
dos que fazem poemas com números.
As palavras são as pontes para fora da prisão do nosso ser
ResponderEliminarOu então ficamos prisioneiros delas.
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ResponderEliminarPodem escrever-se palavras com números... mas dificilmente se consegue fazer poesia cm elas/eles.
As "armas" podem ser bastante diversificadas, a educação, a cultura, o voto...
O pior é se "os outros" tinham razão!! :)))
A foto é imponente!
Tentei decifrar o significado de "os outros" mas não consegui o que me impediu de compreender o comentário.
EliminarAgradeço na mesma.
Um abraço
EliminarTem de clicar no link... :)
Foi o que fiz mas não entendi a possível razão "dos outros".
EliminarOra bolas... uma piada não pode ser explicada, porque a ter de a explicar perde a graça! 😆
EliminarMas eu explico:
É que "os outros" são os que publicaram o "Livrinho Vermelho do Galo de Barcelos", de que o Ricardo Santos publicou excertos, e numa das páginas pode ler-se «O voto é a arma do Povo. Se votas... ficas sem arma»
(^^)
Ah, eu já conhecia essa piada, mas como estava a falar a sério não prestei atenção. Desculpe.
Eliminar“A Matemática pura é, à sua maneira, a poesia das ideias lógicas.” Albert Einstein
ResponderEliminarEmbora a fotografia seja imponente, NÃO ofusca o poema.
O poema com números a que me refiro é de outro tipo.
EliminarFolgo que a imagem não entre em confronto com o texto.
Infelizmente já existem muitos homens que possuem armas mortíferas. O seu mau carácter para quem (mal) governam
ResponderEliminarPoema de alerta que gostei de ler. Foto muito bonita.
Cumprimentos
Muito obrigado pela apreciação.
EliminarCumprimentos.
Só certos números mágicos dão poemas.
ResponderEliminarOutros, são um susto, só podem dar poemas muito tristes (os números de Cabo Delgado, por exemplo).
~CC~
Concordo consigo no essencial. No texto tenho a pretensão de dar a entender outro tipo de poemas com números.
EliminarMuito Obrigado por ter vindo.
Não me parece que seja de dígitos que nos fala, L., mas sim de dados. Dados estatísticos.
ResponderEliminarMas nem imagina o que acaba de acender em mim, L....
Não estivesse eu tão "desmusada", tão "em baixo de forma" e a aguardar a senhora que me vem dar banho, provar-lhe-ia que se pode alcançar a poesia através da sonoridade dos dígitos.
Guardo esta centelhazinha para dias melhores. Se os houver, para mim. :)
Obrigada e desculpe-me este absurdo entusiasmo que nada se coaduna com a mensagem do seu poema.
Forte abraço!
Avance com a sua ideia, "Das coisas nascem coisas" como disse o Bruno Munari. Não tenho nada a desculpar fico até bem satisfeito.
EliminarUm abraço.
Boa tarde!
ResponderEliminarEScrever poesia tendo unicamente como objectivo os números, numerário, vulgo dinheiro, money, carcanhol, escrevendo poesia a metro, vã e inútil, não é de quem tem a poesia na alma, de quem escreve por amor à poesia. Agora, se a par da escrita houver quem ganhe a vida «vendendo versos», creio ser tão legítimo como vender a sua Arte numa outra área qualquer, nomeadamente a pintura.
A fotografia, tanto nos pode deslumbrar como assustar, tudo depende da forma como a encararmos.
Olhando-a pelo lado tenebroso ou pelo lado belo da força da Mãe Natureza.
Igualmente podem funcionar as intenções de quem 'empunha' a palavra usando-a como arma.
Para defender ou para destruir...
(No fundo, o que eu entendi de tudo o que li e vi, é que nesta vida há sempre as duas faces da mesma moeda.)
Os seus comentários sempre tão completos deixam-me sem saber o que dizer. Gosto que cada leitor faça a sua interpretação mesmo que antagónica à dos outros leitores e do autor.
EliminarA foto é de um dia "pesado".
Muito Obrigado.
Diz o autor, com alguma frequência, que fica compensado quando o que escreve sensibiliza os seus leitores, levando-os de alguma forma a reflectir, identificando-se com os seus textos, ou não, claro.
EliminarQuando venho ler os seus escritos e os comento, também me sinto largamente compensada quando o autor me diz tê-lo deixado a reflectir. Encaro isso como um elogio, mesmo que o não seja, porque sempre faço a minha «própria» análise ao que o autor escreveu, mesmo que à priori ele entenda a minha forma de ver como antagónica à sua.
Obrigada.
E o que digo é verdade, releio e tento entender uma outra visão recriada pela estimada leitora.
EliminarEu é que agradeço.
Há quem fale com números, escreva com números e só pense em números, infelizmente são esses que nos (des)governam e que mandam nisto tudo.
ResponderEliminarA melhor arma para nos defendermos, é falar, escrever e sentir, palavras verdadeiras, os poemas.
Olhando esse céu ameaçador, envio-lhe um abraço.
Estou de acordo com o seu comentário. O céu é de um dia difícil, sim.
EliminarUm abraço também para si.
Palavras que deturpam números são mais «pesadas» que o céu da belíssima imagem.
ResponderEliminarBeijo.
Bonito comentário.
EliminarUm abraço
Por vezes as palavras são a arma
ResponderEliminarprincipalmente a arma dis Poetas
desejo muita saúde e paz para si
beijo
:)
Vamos lutando.
EliminarDesejo-lhe o mesmo.