A tua casa banal
Descreves-me o lugar onde moras,
consegues explicar porque vives
nesse monte incandescente
onde não se reconhecem
as marcas dos teus passos
e aceitas que todo tu és dores
nesse caminho.
Surpreendo-me como digeres
as tuas próprias palavras
e como não precisas de ninguém
para chorar contigo
porque até as dunas junto à tua casa
desaparecerão
ou pensas que a tua casa
é a erecção perfeita?
Pelo menos a aguarela não é banal.
ResponderEliminarDe repente vi um carro ultra-moderno com uma casa azul em cima.
Embora esse carro represente um monte incandescente.
A minha imaginação nocturna é um tanto absurda.
Falta-me a perspicácia para desfolhar o poema em erecção perfeita.
Digo simplesmente boa noite 💤 e tento amanhã novamente.
Tive de me rir com o seu comentário. Espero um novo exame ao texto e o seu parecer.
EliminarContinuando na absurdidade nocturna — ouço o eu-lírico do POETA descrevendo a sua própria casa e a perplexidade perante a vida.
ResponderEliminarA casa é um elemento muito presente no que escrevo e no que pinto.
EliminarUm poema em erecção
ResponderEliminarOra ai está um conceito interessante
Nunca tinha pensado
Tem dias mais criativos. Obrigado.
EliminarA minha casa é, e nela existe, a ereção perfeita...digo eu...
ResponderEliminar.
Feliz fim de semana … abraço
Erigir uma casa tem vários aspectos a considerar.
EliminarBom fim de semana.
Curioso, os meus semi-cegos olhos matinais viram quase, quase o mesmo que os nocturnos olhos da Ematejoca; a diferença residiu na casa que eu vi como capota, tejadilho ou lá como se chame a "parte de cima" de um veículo automóvel...
ResponderEliminarO poema é todo ele uma interpelação, à qual responderia, sem hesitar, que este é o (meu) caminho das dores menos insuportáveis, que desisti, há muito, de encontrar uma companhia mais perfeita do que a da poesia e que não sou tão imatura que precise de acreditar que atingi a edificação/erecção perfeita para sentir que valeu a pena ter nascido e vivido.
Não resisti a esta resposta, L., desculpe.
Quanto à erecção, é uma edificação, os termos são praticamente sinónimos; tanto posso erguer/alçar/erigir uma casa como edificá-la...
(e quem diz casa, diz obra...)
Forte abraço!
brancas nuvens negras8 de maio de 2021 às 12:19
EliminarGostei muitíssimo do seu comentário, da sua análise, da identificação com o seu caso pessoal e da retirada da carga que a palavra erecção transporta e que introduzi no texto intencionalmente.
Tudo muito interessante o que disse. Agradeço-lhe.
Um abraço.
Na relação entre os dois POETAS não existe “Guerras do Alecrim e da Manjerona”, existe sim, uma sintonia perfeita.
EliminarA união poética de duas almas gémeas.
Uma admiradora que vos abraça neste sábado cinzento.
Obrigado pelo abraço. Aproveito para lhe dizer a si e à Maria João que também já vejo um automóvel no "raio" (em tom amigável) da aguarela.
EliminarHoje não me foi possível vir até cá, atempadamente...Resultado, sinto-me como quando se chega ao baile já bastante tarde e os pares estão todos formados...
ResponderEliminarTudo o que poderia ser dito, inclusivé a ideia do automóvel, que também me ocorreu mal olhei para aguarela, já foi largamente mencionado. Resta-me subscrever o que foi dito, e bem, pela Poetisa Mª João.
Já no que respeita à casinha azul, não a vejo acoplada ao 'carro' e sim numa perspectiva longínqua, daí o seu diminuto tamanho em relação ao veículo.
Uma aguarela diferente das nuvens habituais. Acho que o autor andam cheio de vontade de nos surpreender, será?
Tenha uma boa tarde!
.
Lembra-se daquele modelo Citroën boca-de-sapo?
EliminarEste carro é tal e qual!
Não chegou tarde. Quando ólho para a imagem já me parece, de facto, um automóvel. Lembro-me bem desse modelo Citroen. Oxalá chegue a noite para deixar essa imagem para trás. Quanto ao texto verifico que mais uma vez a imagem ocultou as palavras.
EliminarMuito Obrigado e uma Boa Tarde também para si.
Fez-me rir com essa sua aflição com a aguarela insidiosa que se travestiu de outra coisa...😋 Deixe lá.
EliminarQuanto às palavras reconheço que foram um pouco absorvidas pela 'força motriz' da aguarela, mas não esquecidas, não senhor!
Quando refiro subscrever o que foi já dito, refiro-me justamente às palavras e não ao resto. Isso é outra coisa.
Eu é que não me expliquei bem.
Um abraço.
Compete-me agradecer a gentileza deste seu esclarecimento.
EliminarUm abraço também.
Não se ria, mas quando olhei a aguarela, pareceu-me ver duas patas de um animal imaginário, e uma casa erecta ao longe :)
ResponderEliminarA imaginação tem destas coisas :)
Um abraço.
Rio-me mas de boa disposição, afinal a imagem ocupou a imaginação dos leitores.
EliminarMuito Obrigado
Um abraço
Uma achega à interpretação da Fē sobre imagem na primeira fração de segundos que a vi: eu vi uma tartaruga. 😊
EliminarHoje, a imagem provocou na imaginação interpretações surpreendentes.
EliminarObrigado por mais uma.
Cada uno puede describir el lugar donde se encuentra, cada lugar tiene unas determinadas características que lo hace disitnguir de los emás.
ResponderEliminarBesos
Es cierto, puede que nos guste o no el lugar donde vivimos. Un abrazo.
EliminarLindas e belas frases, gostei de voltar a passar por aqui, falando na minha casa, eu adoro imenso a minha casa, é uma casa linda e confortável, desejo um bom domingo para ti, muita saúde e muita paz, muitos beijinhos e fica bem!!
ResponderEliminarObrigado pela tua vinda. Ainda bem que a tua casa é bonita.
EliminarBom domingo.
há casas e casas
ResponderEliminaresta casa está suportada por duas grandes pedras
mas deve ser segura e do alto daquele monte deve ser bom
a nossa casa é o nosso refúgio e se houver dias maus outros menos maus virão.
o poema é um pouco angustiante, mas é um belo poema.
:)
A nossa casa, valiosa.
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