Foto de Ana Duarte
Depois esqueçam-se
Deem-me um campo florido
deem-me um casebre
e que haja luz e água nesse lugar
e que haja noite e dia sem ninguém.
Deixem-me ficar
com a parte da minha vida que me cabe
ficarei ali a inventar o meu passado até hoje
em que o tempo se desfaz e me perturba
nesta idade em que todas as músicas
da minha juventude são dos Beatles
e aquele abandono em Austerlitz
ainda ___ ainda me consome.
Até eu desconhecia a possibilidade
que tinha de dar mais um passo.
Deem-me um campo florido
deem-me um casebre
depois esqueçam-se de mim.
NÃO, não nos vamos esquecer do POETA
ResponderEliminarComo não nos esquecemos da nossa chegada a Austerlitz numa noite fria de Janeiro.
A fotografia da Ana Duarte é um tanto idílica.
Com o tempo o esquecimento toma conta de tudo.
EliminarCom o tempo sim, mas agora o POETA tem ENERGIA e HUMOR, assim como CURIOSIDADE e CRIATIVIDADE.
EliminarAtenção, o autor é tentado a ter assomos de vaidade.
EliminarO esquecimento é um direito,...
ResponderEliminarE uma tortura
O esquecimento que não comandamos. Umas vezes é bom outras é lamentável.
EliminarAcabei de tentar publicar um comentário e recebi por mensagem "Ops! Ocorreu um erro. Tente de novo"
ResponderEliminarEntão vamos lá de novo. Gosto muito da foto. Lembra-me um campo que vi há anos a caminho de umas termas.
Gosto do poema, mas ocorre-me que por muito que se isole, ninguém consegue viver só de recordações.
Abraço, saúde e uma boa semana
O seu comentário é sensato, mas as memórias são um tema que nos assalta de vez em quando.
EliminarObrigado. Um abraço.
Recebo constantemente a mensagem “Ops! Ocorreu um erro. Apague os cookies e tente de novo”.
EliminarTento de novo e aparecem “mil” comentários.
Eu pensava, que era algo que me acontecia por erro meu.
Votos de uma boa semana com ou sem erros.
Pode sempre tentar de novo, são problemas do BLOGGER.
EliminarBoa semana também para si.
Por vezes precisamos do silêncio da solidão. Precisamos de moimentos só nossos. Precisamos de pensar, interiorizar, viver os nossos próprios pensamentos e sentimentos. Talvez não precisemos que nos esquçam...apenas que nos libertem para vivermos um pouco de nós.
ResponderEliminar.
Cumprimentos poéticos
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.
Estou de acordo, agradeço o comentário.
EliminarCumprimentos também e saúde.
Há memórias que gostaríamos de apagar. Mas nem sempre é possível. Por isso a nossa necessidade de estarmos a sós com os pensamentos que temos e com os que recusamos. Um belo poema.
ResponderEliminarUma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
No fundo, aprender a falar sozinho.
EliminarAgradeço as suas visitas e os comentários.
Boa semana também para si.
Um abraço.
Reli o poema. Várias vezes.
ResponderEliminarTempos houve em que todas as músicas da minha adolescência eram as dos Beatles, mas nunca estive em Austerlitz e, se algo pedisse, seria uma densa mata.
Belos, os ciprestes... ou araucárias? Já nem as árvores distinguem estes olhos...
Forte abraço, L.
Há cor, sons e aromas no nosso passado longínquo.
EliminarTambém não sei que árvores são.
Um abraço.
Uma bonita e refrescante fotografia pedia um poema mais alegre.
ResponderEliminarMas como neste canto parece não haver espaço para a alegria, dclarada e explícita, quero crer que hoje, mais do que nunca, este poeta é um fingidor...Ele lá quer ser esquecido e deixado sozinho num casebre...tendo por paisagem justamente um campo de flores? Nã, não me convence... Tudo fica mais belo quando apreciado em boa companhia.
Bom dia e um abraço, sorrindo abertamente.
O dever de manter estas publicações diariamente, obriga a uma produção que tem de recorrer à imaginação em todos os recantos, além disso, acho que a alegria talvez não seja um tema a explorar a não ser, uma vez ou outra, insólitamente introduzido num texto de outra índole.
EliminarMuito Obrigado pelos seus comentários que são objecto da minha reflexão.
Um abraço.
La memoria es muy selectiva, siempre rocura borrar los tristes recuerdos y conservar aquelos en que nos sentíamos feliz.
ResponderEliminarBesos
Es una suerte que así sea, hemos olvidado ciertos detalles del pasado que serían difíciles de recordar. Un abrazo.
EliminarLuis, o tal dever de manter publicações diárias desgasta...
ResponderEliminarPoeta esquecido, nunca!
No futuro também há «cor, sons e aromas».
Beijo.
No dia seguinte já é futuro, o que nos espera não é animador. Talvez eu esteja enganado.
EliminarUm abraço.
Poeta/Pintor
ResponderEliminarpoema que me comoveu.
mas, em sentido oposto.
eu já dei tanto de mim, e nunca esqueci.
quem se esqueceu foi quem recebeu.
eu dou, mas nunca me esquecerei a quem dei.
:(
Nunca saberemos se nos vão lembrar
EliminarUm abraço.