Pela Palestina 


Não se pode construir uma casa 

numa boca aberta. 


Tenho coração a mais, 

sobram-me os olhos. 

O coração que está a mais 

não pára de bater ___ a mais 

pelos que pararam de bater

e os olhos avaliam ___ de mais 

a distância entre o direito 

e o equívoco. 

Aos olhos não os quero fechados 

mas a ti coração condeno-te 

a ires para a prisão 

sem passares pela casa da partida.



 

27 comentários:

  1. Tanto o poema como a aguarela retratam com precisão o conflito israelo-palestino.
    A onda de violência sem fim não dá oportunidade de construir uma casa.
    Excelente referência política.

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  2. Uma lágrima no rosto do mundo honesto e solidário

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  3. Muito se fala em Paz, muito se apela à Paz.
    Neste conflito, sem fim à vista, só o povo, sofredor, deseja a paz.
    Os olhos que se fecham, os corações que param de bater, não são os seus nem os meus nem os de quem, sentados confortavelmente nos seus gabinetes, apoiam um lado e o outro.
    São os dos inocentes, que nunca irão ver a sua 'missão cumprida': o direito a viver sem ódio...porque é o ódio e a ambição que alimenta a máquina desta guerra interminável.

    Bom dia e um abraço pacífico.

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    1. Nós, que somos povo, apoiemos a causa dos desfavorecidos, dos espoliados, dos abusados nem que seja alinhando uns versos e passando a palavra.
      Bom Dia, um abraço.

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  4. "A distância entre o direito e o equívoco" que torna este conflito tão inquietante, tão assustador. Junto-me ao seu poema "Pela Palestina". Como não?
    Uma boa semana com muita saúde.
    Um beijo.

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    1. O direito de um povo está a ser negado. O equívoco é pretenderem caracterizar a agressão como um conflito. Não podemos ser imparciais, ou seja, declararmo-nos anulados.
      Um abraço

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  5. O equívoco é realmente caracterizar a agressão como um conflito.
    A história alemã não nos dá a oportunidade de chamar “agressão”. A mais pequena crítica ao estado de Israel é condenada pelo governo alemão e, somos logo empurrados para a ideologia anti-judaica.
    Na aguarela vejo as goelas do estado de Israel a devorar o povo palestino.
    Embora o poema seja uma “missão cumprida” em sentido figurado, deixa marcas profundas.

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  6. Estou de saída para uma consulta médica e este não é um poema que eu possa ler na diagonal. Espero conseguir voltar cá ainda hoje, embora, precisando de ser transportada, esteja totalmente dependente da disponibilidade do amigo que me transporta e que ainda está no activo, em termos laborais.

    Para já, subscrevo!

    Abraço, L.

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    1. Vai correr tudo bem consigo. Agradeço a atenção de, apesar de tudo, ter vindo aqui comunicar.
      Um abraço.

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  7. He visto construcciones conmo es una casa al revés. Eso está en Mallorca y se llama La Casa de Katmandú.

    Besos

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    1. En Palestina, ahora mismo están destruyendo casas y matando gente. Un abrazo.

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  8. Aflige-me a indiferença com que o resto do mundo encara as atrocidades de Israel contra a Palestina. O Genocídio do povo judeu na Segunda Guerra Mundial, não pode, nem deve, dar-lhes o direito a fazer o que têm vindo a fazer aos palestinianos há décadas.
    Gosto do seu grito de revolta.
    Abraço, saúde e boa semana

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  9. É um poema, para mim, complicado de comentar. Por isso, li, reli, gostei e saio devagarinho

    Abraço fraterno

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  10. O Sr. dos desenhos. Este não consegui interpretar.
    Pela Palestina coração sempre disponível, porque afinal escolhemos a razão.

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    1. Estamos solidários, isso é o que importa. Obrigado.
      Boa Noite.

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  11. Um enorme muro de vergonha.
    Pela Palestina, sem medo, sem hesitação.
    Beijo.

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  12. Com os olhos e a boca abertos, a gritar pela paz!
    A violência tem sempre interpretações diferentes, conforme os países visados.


    O meu abraço solidário.

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    1. Neste caso não restam dúvidas "quem agride quem".
      Um abraço.

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