Perde-se a comoção
Celebramos uma verdade
com o mesmo ânimo
com que acordamos
no dia do nosso aniversário.
Há sempre um azul
e a sombra dos plátanos
do jardim ideal que nos espera
e nos deslumbra tanto
quanto as palavras lentas e doces
da verdade que nos convém.
Tal euforia do convívio
com uma verdade inacreditável
impede a limpidez
com que duas mãos
poderão reescrever o passado
que gota-a-gota se perde
pelas areias da incompreensão.
E tudo perde comoção
com o passar do tempo,
importante é o desconforto
dos sapatos encharcados pela chuva.
A verdade celebra se sempre conforme nos dói menos
ResponderEliminarVerdades que por vezes nem o são.
EliminarTÊM UM PESO INSUSTENTÁVEL, AS COISAS QUE NOS CONSOMEM A CARNE E NOS MAGOAM O CORPO...
ResponderEliminarATÉ OS ESTÓICOS (ALGUNS..) ACABAM POR CEDER A ESSE PESO. L.
QUE ESTRANHO RELÂMPO ATRAVESSA A IRADA NUVEM QUE ORBITA A INOCÊNCIA DESSA PEQUENINA CASA?
FORTE ABRAÇO!
Retive o seu comentário, está escrito com as palavras certas.
EliminarQuanto à aguarela também achei interessante a leitura que fez da imagem.
Muito Obrigado, um abraço.
Depois de atingirmos o topo, o caminho é feito sempre ao contrário.
ResponderEliminarSe, na descida, encontraremos a mesma paisagem ou não, já não depende de nós.
Até porque o nosso olhar, sobre as coisas e o que já terá sido importante, se foi alterando com o passar do tempo.
A aguarela traz, como sempre, uma mensagem. Gostei da pequena casa e da árvore, mas gostaria que a copa fosse arredondada.
Assim. lembra-me um cipreste...
Bom dia, um abraço.
Hoje, a imagem e o que vem escrito nela, talvez tire importância ao texto, o que para mim não tem importância, preciso é que a publicação no seu conjunto mereça a atenção dos leitores. O que diz sobre a frase da imagem é totalmente certo. A árvore é um cipreste, árvore que acho de uma grande e serena beleza.
EliminarMuito Obrigado, um abraço.
Se o Luís ler novamente o meu comentário e lhe prestar mais atenção, verá que na terceira frase faço referência ao seu texto.
EliminarGosto de usar de alguma subtileza, sobretudo nos meus comentários ao que aqui leio, é essa a razão das reticências no "cipreste".
Árvore bela, elegante e de porte altivo e sereno, sem dúvida. Mas... é a árvore que associo aos cemitérios.
Outro abraço! 😊
Reli, relacionei agora com o texto e não como se fosse a continuação à frase anterior que, essa sim, tinha a ver com a imagem. Desculpe a desatenção.
EliminarTambém associo o cipreste aos cemitérios mas, ao fazer repetidamente o desenho dela essa conotação desapareceu.
Obrigado pelo diálogo.
Um abraço.
El paso del tiempo, hace suavizar las heridas del pasado.
ResponderEliminarBesos
El tiempo resuelve casi todo, pero deja marcas. Un abrazo.
EliminarCom o tempo perde-se quase tudo, até a tolerância ao que nos magoa.
ResponderEliminarUm abraço !
Custa dizer mas, pode-se falar em rendição.
EliminarUm abraço.
Estou de acordo!
EliminarComo eu estou longe do topo que sonhei, não me preocupo com o caminho de regresso.
ResponderEliminarGosto do poema. Com o passar do tempo, vamos esquecendo os sonhos que perdemos pelo caminho.
Abraço, saúde e bom fim de semana
Com o tempo vamos reduzindo as ambições.
EliminarSaúde, um abraço.