Foto do autor do texto
A minha sombra
pouco importa
Deixo a minha sombra em qualquer lado
pouco me importa quem a recolhe
e o que farão com ela.
Deixo a minha sombra à entrada do Outono
pouco me importa que não compreendam
que ela é a criação da luz.
Deixo a minha sombra viver a possibilidade
de se transformar em fogo
circunscrito é certo mas capaz
de lembrar que um proscrito
pode ser o autor do seu degredo.
A nossa sombra e o adn que deixamos em tudo e em todos
ResponderEliminarA nossa sombra inevitável... e segue-nos.
EliminarNõo fujo da minha sombra nem a renego.
ResponderEliminarEla acompanha-me, dócil, para onde quer que eu vá.
Até porque, se fugisse dela, mais ela correria atrás de mim...
Nunca fui, nem serei, uma proscrita, porque sou livre de chavões e ambições.
Gostei do fogo da imagem e das palavras, em que a sua sombra arde.
Metaforicamente falando, claro está!
A avaliação que fazemos de nós próprios, quase sempre, não é coincidente com a avaliação que os outros fazem de nós. Há muitas formas de ser um proscrito e de por isso ser o autor do seu próprio degredo, embora não tenhamos consciência disso.
EliminarGrande verdade! Obrigada por me lembrar...
EliminarO Luís conhece o conto “A história maravilhosa de Peter Schlemihl”, escrito por Adelbert von Chamisso?!
ResponderEliminarPeter Schlemihl perde a sombra para o diabo, em troca da bolsa de Fortunato.
Não conheço mas vou procurar. Obrigado.
EliminarA nossa sombra, por vezes pode virar luz.
ResponderEliminarA foto está em sintonia com o poema.
Continuação de uma boa semana.
Saúde e muita paz é o que lhe desejo.
:)
Estamos sempre à espera da luz mas vivemos muitos momemtos sombrios.
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