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A minha sombra

pouco importa


Deixo a minha sombra em qualquer lado

pouco me importa quem a recolhe

e o que farão com ela. 

Deixo a minha sombra à entrada do Outono

pouco me importa que não compreendam

que ela é a criação da luz. 

Deixo a minha sombra viver a possibilidade

de se transformar em fogo

circunscrito é certo mas capaz

de lembrar que um proscrito

pode ser o autor do seu degredo.



 



9 comentários:

  1. A nossa sombra e o adn que deixamos em tudo e em todos

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  2. Nõo fujo da minha sombra nem a renego.
    Ela acompanha-me, dócil, para onde quer que eu vá.
    Até porque, se fugisse dela, mais ela correria atrás de mim...
    Nunca fui, nem serei, uma proscrita, porque sou livre de chavões e ambições.

    Gostei do fogo da imagem e das palavras, em que a sua sombra arde.
    Metaforicamente falando, claro está!

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    1. A avaliação que fazemos de nós próprios, quase sempre, não é coincidente com a avaliação que os outros fazem de nós. Há muitas formas de ser um proscrito e de por isso ser o autor do seu próprio degredo, embora não tenhamos consciência disso.

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    2. Grande verdade! Obrigada por me lembrar...

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  3. O Luís conhece o conto “A história maravilhosa de Peter Schlemihl”, escrito por Adelbert von Chamisso?!
    Peter Schlemihl perde a sombra para o diabo, em troca da bolsa de Fortunato.

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  4. A nossa sombra, por vezes pode virar luz.
    A foto está em sintonia com o poema.
    Continuação de uma boa semana.
    Saúde e muita paz é o que lhe desejo.

    :)

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    1. Estamos sempre à espera da luz mas vivemos muitos momemtos sombrios.

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