Paris, adeus


Deixo Paris cansado

a casa ficou arrumada

talvez não volte. 

Desprezei este pesar inquieto e doce

até não poder mais 

já não tinha lugar onde guardá-lo.

Há em mim uma abissal tristeza

uma contracção no encanto de pensar

desde que o meu imaginário 

deixou de estar entre as tuas coxas. 

Deixo Paris cansado

a casa ficou arrumada

talvez não volte. 

A sebe do meu jardim murchará

mas pouco me importa

também não me deu as flores

vermelhas que lhe pedi.



 

18 comentários:

  1. PARIS pode esperar.
    O poeta vai voltar.

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  2. O meu pensamento cruzou-se com o da Teresa.
    Talvez seja hora de voltar a Paris... e experimentar plantar rosas vermelhas ou então cravos vermelhos junto à sebe.

    Tudo de bom
    (^^)

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    1. Talvez volte mas, mandarei cortar a sebe que me contrariou e em seu lugar plantarei bambus.

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    2. Bambus é uma boa escolha! Transmite um ambiente muito Zen!
      👍

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  3. Ah Paris ! me me faça lembrar ...
    Muito apaixonante !
    ... há esperança nesse talvez!

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  4. Great article and artistic pic. I followed your blog now. Thx

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  5. Volte porque terá as flores vermelhas à sua espera.
    Belíssimo poema.
    Uma boa semana com muita saúde.
    Um beijo.

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    1. Antes de voltar telefonarei a um vizinho para me dizer se já lá estão as flores vermelhas.
      Obrigado pela sua visita.
      Um abraço.

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  6. É um bonito poema. Paris está lá à espera da sua volta, tal como a sua memória deseja.
    Abraço saúde e uma boa semana

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    1. Regresso improvável, não há recomeços.
      Muito Obrigado pelo seu comentário.
      Saúde, Um abraço.

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  7. Volte!
    Quem sabe as flores lá estejam vermelhas e belas â sua espera.
    E se não estiver?!
    Que importa!
    Devemos voltar sempre aos locais que nos deixaram lembranças.
    :)

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    1. É uma possibilidade. Que importa a cor? Preciso é que haja flores.

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