Foto de Daniel Filipe Rodrigues



Hoje como outrora


Conheço cada ruga

do teu rosto

do teu corpo

apoio o teu seio

na palma da minha mão ___

___ ofereço-me à tangência

da tua pele

e sonho hoje

como outrora

com as caminhadas íntimas

p'lo teu corpo.



 

12 comentários:

  1. Quando olho
    um poema assim
    desvio o olhar
    por respeito
    ao gesto erótico
    de quem ama
    ou
    de quem tem
    essa memória

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  2. A devoção como prova incondicional de amor

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  3. O olhar actual do poeta ainda embevecido com o olhar de outrora é de uma extrema ternura e beleza.
    Um AMOR que não enfraqueceu com o tempo.
    Desta vez, o POEMA ofuscou a fotografia.

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    1. O olhar de outrora acompanha o passar do tempo e não se altera.

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  4. Que no futuro, como hoje e como outrora, essas caminhadas íntimas,
    lhe tragam a satisfação, o embevecimento
    que só um grande amor consegue manter vivo,
    muito para além do tempo.

    Um abraço, Luís.

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    1. Bom dia
      É assim que nos mostramos em silêncio. O tempo espanta-nos.
      Um abraço.

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  5. Outro lindíssimo, poema, L.


    Para mim, o erotismo do amor não sobreviveu ao tempo, por muito que, em tempos, tenha amado.

    Forte abraço!

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    1. É necessária a presença diária para que a diferença visual não seja notória, assim, a ideia inicial ainda é motivadora. Isto é o que eu penso mas não é nenhuma verdade absoluta, cada caso é um caso.
      Muito Obrigado, um abraço.

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  6. Belo, muito belo, este pequeno poema, Luis!
    (Nada a ver, mas lembrei e recomendo o livro "Outrora e outros tempos", de Olga Tokarczuk.)
    Beijo.

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    1. Obrigado, vou tomar em consideração o seu conselho.
      Um abraço.

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