Eu é que escolho o dia
Morrerei à quinta-feira
ainda que me queiram impor um calendário
sou eu quem contará os dias
sou eu quem desafinará os relógios
sou eu quem desafiará a contagem do tempo.
Morrerei à quinta-feira
por muito que vos corrompa
o percurso rotineiro dos dias
ficam com o fim de semana
para chorarem por mim
depois poderão dizer que sou
obstinado
calculista
teimoso
e mais o raio que vos parta.
Morrerei à quinta-feira
quem manda em mim sou eu.
A escolhado dia é a última coisa que devemos fazer
ResponderEliminarÉ uma opção.
EliminarOs pensadores laterais e adversários antivacinação argumentam “quem manda em mim sou eu”
ResponderEliminarEmbora eu seja contra a vacinação obrigatória, os pensadores laterais e adversários antivacinação irritam-me.
Eu sei que a publicação de hoje não tem nada a ver com os pensadores laterais e adversários antivacinação, somente o final do poema é a sua argumentação.
A beleza da aguarela suaviza o tema do poema.
Não sou negacionistas, não sou contra as vacinas, sou socialmente cumpridor mas não deixo de ser crítico activo desta sociedade da qual pretendo uma mudança. Sou o único dono da minha vontade, de morrer ou de estar vivo.
EliminarEu sei tudo isso, Luís, somente fiquei parada no final do poema, porque é exatamente a argumentação dos pensadores laterais.
EliminarClaro que também os adversários da antivacinação são os únicos donos da sua vontade, de morrer ou de estar vivo.
A sociedade alemã está dividida entre vacinados e não-vacinados e quando isso acontece entre os membros de uma família é terrível.
Digo boa noite 🌙 peço desculpa pelos meus comentários e prometo não tornar a falar sobre o assunto.
Cara Teresa
EliminarNão há nenhum contra em falar de tudo, eu apenas reafirmei o que disse no texto de hoje. Aqui não há tabus nem assuntos que não possam ser comentados.
Não se pede desculpa e pode voltar a falar do assunto.
Eu sei que aqui se pode falar de tudo.
EliminarO problema é que estou a ficar paranóica.
Abraço, agradecendo a sua compreensão, Luís.
Não escolhemos viver mas todos podemos escolher morrer em tal dia, em tal hora, em tal lugar. Podemos mas não, para mim não é opção.
ResponderEliminarNada de pensar em desistir poeta, desistir não é forma de lutar pela tão desejada mudança.
(Agora, para não pensar em coisas tristes vou tratar de descobrir o significado das frações na aguarela.)
Beijo, feliz, muito feliz, fim-de-semana.
Estou de acordo consigo, ser dono da nossa vontade não quer dizer que se faça tudo o que nos vem à cabeça, como se costuma dizer.
EliminarObrigado, saúde, um abraço.
Gostei imenso da assertividade! Um forma diferente de ver as coisas, gosto!
ResponderEliminarAbraço! :)
Cantinho dos Poemas de Criança.
Nem sempre temos tanto poder de afirmação.
EliminarObrigado pelo seu comentário.
Um abraço.
Gostei muito da sua aguarela, a ser desvendada pelos sentidos, pela pele, e não pela razão, e do poema cuja mensagem não contestarei de forma alguma.
ResponderEliminarNão sei em que dia ou noite virá a minha morte derradeira. Só sei que já estive quatro vezes em situação de morte clínica e que em nenhuma delas fui tida ou achada.
Forte abraço, L.
O texto são apenas palavras, o que queremos é que tudo se decida o mais tarde possível.
EliminarA sua experiência é respeitável.
Saúde, um abraço.
Falar da morte que sabemos certa, é para mim um assunto muito deprimente.
ResponderEliminarSei que é apenas um poema, mas eu não quero saber em que dia vou morrer.
A aguarela é inegmática.
Saúde e tranquilidade.
Bom fim de semana.
Beijinhos
:)
Ninguém quer morrer, ou, quase ninguém quer morrer.
EliminarObrigado, saúde, um abraço.