As palavras pesamPesam-me as palavrasna bocana mãoe nunca são suficientescomo não é suficientea paisagemque persigo nos meus sonhosonde sempre andoa perder-me em lugares vaziosoutrora com vida.Todos partiram na minha ausênciaquando estava acordado ______ já não podem dizer tudoo que tinham para dizer.Mais palavras que se perdemos mortos e os ausentesnão falamficarei contente quando os reencontrarquando formos todos bruma.Hoje ___ há sol nesta manhã.
Foto do autor do texto
Já dei mais importância às palavras
ResponderEliminarhoje, o sol é determinado pelos gestos
hoje, vivo entre os meus mortos
sim, esses
esses que não morrem
e me habitam
Todos transportamos connosco a memória dos que ficaram para trás.
EliminarO silêncio é mais poderoso que a palavra — penso eu — mas nem sempre.
ResponderEliminarO sol brilha em cima da bandeira vermelha 🚩 um presságio político para 30 de Janeiro?!
A parede da fotografia fala dos mortos num silêncio assustado.
Summa summarum: a publicação desta noite pesa qualidade poética e artística.
Cuidadosa a sua análise da imagem, viu o que estava lá. Os textos podem ter várias leituras, a sua é uma delas.
EliminarAs palavras são neutrões de um átomo que é o universo
ResponderEliminarNão têm peso
Pesam-nos a todos, na realidade a ciência é outra.
EliminarGosto muito da aquarela
ResponderEliminar- o sol e a bandeirola a voar como voam as palavras.
Um abraço grande L
Palavras ao vento coladas numa bandeira.
EliminarUm abraço.
As palavras que hoje lhe pesam na boca e nas mãos, serão aquelas que tem há muito guardadas, à espera do momento certo para as lançar ao vento. Porque é cauteloso...desfralde-as ao sabor da sua vontade, como desfraldou a bandeira, mesmo incompleta.
ResponderEliminarNão, não é conselho, quem sou eu para aconselhar? Ninguém!
Feita de triângulos e marcada com três grossos pontos negros, pode parecer uma bandeira pirata, mas não é.
É o previsto, o inevitável futuro. Se bem que estando lá a foice, foi o martelo substituído por uma enxada..(?)
No fundo, gostei desse optimismo vermelho, já que vê o sol afastando as nuvens negras e, trazendo com ele, uma certa esperança renovada e alterada.
Assim, à priori, e sem me deter na segunda parte do texto, é isto que me ocorre dizer.
E mais palavras, não me permitirei escrever. Resolvi ser o que nunca fui: cautelosa...
Bom dia!
Creio no futuro inevitável. Na bandeira a foice está explícita, o martelo não tanto mas, é um martelo.
EliminarDirei sempre tudo o que quero dizer mas com precaução e tentando de forma a não maltratar a sensibilidade dos meus leitores. Se formos contidos seremos respeitados e assim, o que dissermos terá mais importância, negativo é tornarmo-nos vulgares.
Leio com atenção os seus comentários.
Um abraço.
Obrigada pelo conselho! Se bem que não me considere vulgar.
EliminarSerei, na opinião do autor deste espaço?
Não me diga! Em que aspecto?
O que eu disse nada tem a ver consigo, apenas tentei justificar e confirmar a sua expressão "cauteloso" com que se referiu a mim.
EliminarBela, a bandeira. Minimalista e bela.
ResponderEliminarQuanto às palavras, as minhas que sempre voaram ou galoparam como cavalos selvagens, pesam-me agora como chumbo. São montanhas que num derradeiro esforço tento mover.
Forte abraço, L.
Ou porque ficamos menos resistentes, ou porque prestamos mais atenção ao significado das palavras, algumas pesam e magoam, preciso é termos consciência disso.
EliminarUm abraço.
A aguarela que me diz tanto, com esse sol e a bandeira.
ResponderEliminarO sol que eu carrego em meu nome.
A bandeira que desfralda as palavras ao vento.
As palavras sentidas, amargar, saudosas, ou apenas palavras.
Tão belo isto!
Boa semana, ou o que resta dela, com paz e saúde.
deixo um abraço carregado de sol.
;)
É um contentamento receber um comentário tão positivo.
EliminarObrigado. Saúde, um abraço.