Foto do autor do texto



Chegámos aqui


Entraste na minha casa

com a simplicidade com que 

se entra num novo ano

a amargura das mãos vazias

parecia ter acabado

e trazias na boca

a palavra necessária 

a tua voz eram tardes de sol

num Verão longe de casa. 

Encontraste-me em busca

de uma ideia

tu que tinhas adormecido

ao som das ideias dos outros

nunca compreendeste

as feridas na voz

a minha cara indecisa

porque nunca tiveste

uma arma apontada à cabeça. 

No tempo que se desdobrava

tudo em ti era a negação 

de tudo em ti

e nunca mais reconheci

o teu sorriso de sempre. 


Vê como envelhecemos.



 

18 comentários:

  1. Eu sei.
    Tu sabes.
    Ambos sabemos.
    Envelhecemos, é certo.
    Mas eu ainda cumpro a Promessa!
    Sabendo dos entusiasmos dos olhares...
    Eu mantenho o sorriso.

    Seguirei a curva do seu Destino por mais um Ano.
    Desejo apenas que seja abençoado, nas noites e nos dias...

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    1. Caro Anónimo agradeço o seu interessante comentário. Continuamos a caminhada abençoados, se é que isso é possível.

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  2. Chegaram aí - suponho que se refira à capital catalã - e pode o autor fazer essa magnífica fotografia nocturna, do Mosteiro Sant Cugat.
    Ora pois, que lá fui eu investigar...

    Assim fosse fácil perscrutar a alma e o pensamento do autor destes textos, que nos deixa sem palavras.
    Que dizer, se quem sabia já o disse?
    Seja como for, ficam os votos de um Bom Ano.
    Eu acoedei um bocado baralhada das ideias... :))

    Um abraço.
    Que o Dia ( e todos os 365 dias) seja muito bom.

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    1. Está provado que, investigação é consigo, a PJ caso soubesse, tinha-a consultado para saber onde se escondia o Rendeiro. Hoje acertou em tudo.
      Registo o seu agrado com a publicação e a nota que me dá que os objectivos do que publico são cumpridos.
      Não é a única a acordar baralhada, acordamos assim porque já vimos confusos dos nossos sonhos.
      Bom Ano, que tudo lhe corra bem.
      Um abraço.

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    2. Acordei agora mesmo baralhada … o champanhe 🥂 é o culpado.
      Não tenho sonhos … tenho planos … e não são confusos.

      Volto depois de tomar um café ☕️

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    3. Às vezes penso que não devo abusar do champanhe 🥂 cair, bater com a cabeça e ficar a passar mal.

      Começa o ano, escrevendo um poema tão precioso como o poema com que o POETA terminou o ano.
      A resposta do „anónimo“ enriqueceu ainda mais a primeira publicação 2022 🍀 🍀

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    4. Pode beber o champagne que quiser desde que se mantenha sentada.
      Registo a classificação que deu às últimas publicações, quer isso dizer que encerrei bem o velho ano e abri bem o novo ano. É um estímulo. Também gostei do comentário do anónimo.

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    5. NÃO me mantive sentada.
      Dancei, vi o fogo de artifício 🧨 que o governo alemão proibiu fogo 🧨 abracei os meus amores.
      VIVAT 2022 🍀🍀

      Mande-me o „anónimo“ para salvar as minhas publicações … cada vez mais pobres.

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    6. Continue as suas publicações, não ter muitos comentários não significa que não tenha visitas.
      Não sei quem é o anónimo, é um anónimo.

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  3. Não bebi champanhe - nem uma gota - e também acordei um tanto baralhada. As insuficiências cardíacas também fazem maldades destas...

    A fotografia é muito bela e o poema fala dessa coisa complexíssima que é o amor de um casal, do seu início ao seu (quase) fim.
    Tempos houve em que também eu admito que "tudo em mim era a negação de tudo em mim".

    Um melhor 2022, L.

    Outro forte abraço!

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    1. Também não bebo mas, é natural, que o nosso acordar por vezes seja algo inesperado quando se vem de um sonho mais estranho.
      Interpretação correcta do texto publicado.
      Que 2022 lhe corra bem.
      Um abraço.

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  4. Pois esta anónima não gosta do comentário do outro/a anónimo que se coloca em bicos de pés para ser "vista". A ematejoca não precisa dos comentários dessa anónima dado que merece comentários com mais qualidade. Bom Ano Luís !

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    1. Inesperadamente temos um debate entre anónimos. É também isto que anima este espaço. Obrigado a ambos os Anónimos.

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    2. Luís, já que passei por aqui e li o comentário agreste da ematejoca, pensando que a anónima que o trata por tu sou eu, só porque ontem no "Conversa Avinagrada" me deparei com novo boicote do Blogger e, - por preguiça de meter os meus dados para comentar por URL _ comentei como anónima, mas assinei Janita. Ela comentou depois e pensa que aqui sou a anónima. Tonta!

      Não, eu não sou a Anónima, nem tenho confiança com o autor para o tratar com a intimidade do comment.

      FAMAS SEM PROVEITO; FAZEM MAL AO PEITO...e eu já estou farta das piadas da ematejoca.
      Lá quero saber se bebes champanhe até cair e bates com a cabeça, rapariga. Piadista, pá!
      Vê se te enxergas.

      Para terminar, Luís, começo a ficar tão farta disto que a partir de hoje nem volto aqui a comentar.
      Olha a minha vida, eu hein?
      Estou farta de aturar malucas...

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    3. Por favor peço calma. Janita, não percebi em nenhum comentário da Ematejoca nada de agreste, peço-lhe que não fique alterada apenas tendo como ponto de partida para um conflito uma suposição sua, aliás a referência ao comentário do Anónimo é até elogioso.
      Não tome posições radicais, isto é um blogue dedicado à poesia e às artes visuais... que ninguém saia daqui com um olho negro.
      Um abraço.
      Também lhe quero dizer que, apesar da sua irritação, acho piada às suas expressões.

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