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Quando a morte é real
A morte nunca é real
enquanto os nossos olhos
não escurecerem
enquanto um traço de luz
não fender a nossa materialidade.
A morte nunca é real
enquanto o branco da pele
não for o mais branco que se viu
sem retorno
e no ar não houver o cheiro
que só os mortos têm
um misto de lágrimas e de flores.
A morte só é real
diante da impossibilidade
de certas palavras serem ditas.
Sem palavras...
ResponderEliminarGostei bastante.
Beijinhos e um bom dia
Bom dia. Muito Obrigado.
EliminarUm abraço.
A morte é real no mundo corporeo.
ResponderEliminarNo conceptual nunca foi
Poucos de nós ficam vivos.
EliminarQuanta verdade há hoje neste seu texto!
ResponderEliminarÉ tudo tão certo, tão insofismável, que não há como rebater qualquer palavra.
Entretanto, enquanto não nos chega a morte definitiva, vamos divagando, dizendo que morremos por isto e por aquilo...
Na foto não falta nada, até o traço de luz lá está, sobre a árvore descomunalmente alta, podendo, a qualquer hora, abrir uma fenda na nossa materialidade.
Um abraço.
Talvez falando da morte a mantenhamos longe de nós.
EliminarEsta árvore vive na sua zona, será capaz de a identificar?
Um abraço.
Já quando há bocado a olhei, me pareceu fazer parte da família dos pinheiros.
EliminarCom alguma pesquisa, creio que o nome científico é pinheiro de Norfolk ou Araucária-de-Norfolk.
Chega?
Ah... aqui pelos meus lados parece-me haver algumas nos Jardins da Casa de Serralves e, quiçá, no Parque da Cidade.
Confere?
Abraço.
Não confere, esta está noutro local. Tente mais uma vez.
EliminarPois não. A sua está no Jardim do Palácio de Cristal e está neste sito:
Eliminarhttps://mapio.net/pic/p-84791383/
Na primeira foto que lhe vai aparecer não se lhe vê o topo, mas se andar com o botão do rato para baixo, vai encontrá-la fotografada sob vários ângulos.
Agora sim, está certo. Grande investigadora. Parabéns.
EliminarA morte só é real
ResponderEliminardiante da impossibilidade
de certas palavras serem ouvidas
e essa árvore irá morrer de pé
e sem idade
Há situações em que nos convém perder a audição.
EliminarQue bela, essa araucária!
ResponderEliminarA memória dos homens a muito poucos conseguirá salvar da morte/esquecimento.
Forte abraço, L.
Depois de nós... nada.
EliminarSaúde, um abraço.
Não estamos cá para falar sobre ela, após sermos convidados a partir !
ResponderEliminarNinguém nos ouvirá mas falarão de nós.
EliminarUm abraço.
a morte é o fim...
ResponderEliminarnão gosto de falar dela.
causa-me arrepios.
:(
Falar dela afasta-a.
EliminarDiga-as, para atrasar a morte!
ResponderEliminarOu
Não morra antes de as dizer!
Dizemo-las inadvertidamente, várias vezes.
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