Pai
Tenho um pai
esquecido
longínquo
é certo
mas ainda sinto a sua mão
maior
quente
viva ___
___ papéis ao vento
muitos
voando cada um
com a sua coreografia
um lago calmo
azul
peixes vermelhos
muitos
o fresco da relva
onde me sento
o aroma da comida
o som das louças
a ordem para a mesa
e a sua mão
maior
quente
viva
oferecendo-me o pão.
A falta que tudo isto me faz!
Partilho de práticamente todos estes sentimentos
ResponderEliminarNão somos os únicos.
EliminarNão confesses
ResponderEliminarNão te queixes
de tal falta
Tu
que tudo isso tiveste
distribui um pouco
a quem não teve
nem mão
nem pão
(tenho gravata
tal e qual
à usada
por teu pai)
Já passou a minha época de fazer essa distribuição. Uma gravata clássica.
EliminarQuem diria, que o menino lindo da fotografia com pose de pintor francês, em adulto quer mudar o mundo 🌎
ResponderEliminarNem eu nem o meu pai sabíamos.
EliminarA imagem desse menino de cabelo louro, narizito arrebitado, ar frágil e expectante, enche-me sempre de uma grande ternura, despertando em mim o que tenho de melhor: o instinto maternal!!
ResponderEliminarAmpliei a foto e pude ver nitidamente; a mão que à mesa lhe oferece o pão, na rua, não lhe segura a pequena mão.
Oferece-lhe dois dedos, que o menino segura sofregamente.
Por vezes, tantas vezes, sentimos saudade até das coisas que gostaríamos de ter e não tivemos.
Claro está, que falo (também) por mim...
Um abraço, Luís. Continuação de Bom Ano.
Bem analisada a foto, ao pormenor, nem eu tinha reparado na posição das mãos.
EliminarSim, há períodos em que a nossa memória desperta, basta uma fotografia.
Um abraço Janita.
Bom Ano
Que bela homenagem!
ResponderEliminarGostei deveras!
Bom Ano!
B.
Vejo que gostou, hoje resolveu comentar, agradeço.
EliminarBom Ano.
Um abraço.
Curiosamente entrámos ambos em 2022 com gratas recordações da infância.
ResponderEliminar"A falta que tudo isto me faz!"
Um abraço!
Sentimos falta do que já não temos, sempre com aquela sensação de que podíamos ter aproveitado mais.
EliminarUm abraço.
Que homenagem lindíssima.
ResponderEliminarAdorei imenso.
Beijinhos
Muito obrigado pelas suas palavras.
EliminarUm abraço.
Uma homenagem muito bela, com uma foto a condizer.
ResponderEliminarDesde há muitos anos eu escrevo sempre em Janeiro a homenagear o meu pai, pois ele partiu no dia primeiro de um ano já distante.
Nem sempre publico, mas em Janeiro é certo que ele tem a sua homenagem.
Gostei muito deste seu trabalho.
Beijo
:)
Homenagem que, decerto, repetiremos.
EliminarRegisto o seu agrado com a publicação.
Um abraço.