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Crescer à beira do abismo
São graves os gritos que se ouvem
são pedras debruçadas nos sentidos
impulsos mortais à beira do abismo
o indecifrável sabor a sangue
e o clarão do medo ___
___ soletro um choro de aflição
e fujo sem sair do mesmo sítio
as mãos brutais da ignorância
são as grades que impedem a fuga.
Depois tudo é silêncio
até as minhas lágrimas se calam.
Não pedi para nascer
mas ainda assim vou renovar
o meu Cartão de Cidadão.
Coincidência … ontem recebi o meu cartão de cidadã renovado.
ResponderEliminarÓtimo serviço do nosso consulado.
Luís, não precisa de aquecer só por eu não comentei o poema.
Há noites assim …
Aceito todos os comentários mesmo quando não comentam.
EliminarA ignorância dos valores humanos é bem mais brutal e castradora do que a ignorância cultural e literária.
ResponderEliminarÉ essa que inibe e destrói, irremediavelmente, qualquer ser humano em formação.
Boa noite.
Um abraço.
Estou de acordo, a ignorância pode até levar à morte e deixar vítimas pelo caminho. Obrigado.
EliminarUm abraço.
Luís, tenho uma pergunta que gostaria muito de lhe fazer e, sempre que as suas palavras me levam ao que penso ser o seu passado de menino, fico com ela sufocada na garganta, com receio de o incomodar - ainda mais do que aquilo que tenho incomodado.
EliminarHá tanta mágoa aqui:
"...o clarão do medo ___
___ soletro um choro de aflição
e fujo sem sair do mesmo sítio
as mãos brutais da ignorância
são as grades que impedem a fuga.
Depois tudo é silêncio
até as minhas lágrimas se calam.
Não pedi para nascer...
Vou perguntar, o Luís só responde se quiser.
O hoje poeta/pintor, foi uma criança infeliz, pouco amada, ou isto é tudo ficção pura e dura?
E agora vou fugir, envergonhada.
Um abraço.
Não confirmo nem desminto (como dizem certos políticos) como compreende são revelações que não devo fazer em público, talvez um dia alguém possa falar sobre todo o meu percurso de vida.
EliminarNão se envergonhe, eu também sou curioso.
Um abraço.
Compreendo e aceito a sua não resposta que, no fundo, é a resposta que eu estava à espera.
EliminarNa verdade, eu não sou curiosa. O que me move, seja aqui consigo seja noutros espaços, é o interesse pela pessoa que está por detrás do bloguer. Não somos bonecos nem robots, somos gente. Curiosidade é outra coisa.
Muito obrigada!
👍
EliminarDante em 2022?
ResponderEliminarO inferno é o mesmo.
EliminarO „Inferno“ é parte mais interessante de „A Divina Comédia“.
EliminarSão estes os únicos infernos em que acredito e este excelente poema retrata um deles...
ResponderEliminarForte abraço, L.
Um inferno que deixa marcas que reaparecem uma vez ou outra.
EliminarUm abraço.
muita mágoa e desalento...
ResponderEliminar:(
Isso existe no íntimo de algumas pessoas.
EliminarUm abraço.
Nadie ha pedido nacer, pero a pesar de las vicisitudes de la vida, merece la pena ser vivida.
ResponderEliminarBesos
Estoy de acuerdo, la vida tiene muchos momentos que valen la pena. Un abrazo.
EliminarPoema lindíssimos, adorei.
ResponderEliminarBeijinhos e uma boa noite
Agradeço a sua apreciação.
EliminarUm abraço
Eu também, nem sequer fui ouvido
ResponderEliminardo acto de ter nascido
e já que vim ao mundo, vivo
sorte a minha,
meu BI é vitalício
vou desaparecer
primeiro que ele
Felizes os que têm um BI perpétuo o que isso poupa de tempo na Conservatória.
Eliminar
ResponderEliminarVim aqui duas vezes e não consegui comentar. Sinto-o triste, desanimado.
São palavras verdadeiras, honestas que fazem doer...
Abraço amigo,sim?
A tristeza é inspiradora, já que tem essa valia, aproveito-a.
EliminarUm abraço também.