Foto de Daniel Filipe Rodrigues
Era Outono
A minha mãe sentada
no seu lugar de sempre
tece malha sobre malha
a sucessão infinda
de desejos ___
___ vigia-me
enquanto eu
sinto o frescor da terra
e planto ali mesmo
a árvore da ternura.
Esta foi a verdade
daquele dia
em que um sol fugaz
nos veio lembrar
que já era Outono.
A nossa mãe como sustento da memória
ResponderEliminarQuando ela desaparece perdemos uma parte da nossa memória.
EliminarImagino esse tecer malha sobre malha infinda de desejos … enquanto o filho planta a árvore da ternura.
ResponderEliminarPoema tão belo como o outono dourado da minha memória.
Os tons outonais da fotografia completam a beleza desta noite 🍂
Só apreciamos o Outono quando já somos muito, muito adultos.
EliminarNa minha adolescência amava o inverno e sonhava com a neve.
EliminarActualmente sonho com o verão a beber cerveja numa esplanada à beira-mar.
O romantismo outonal 🍂 deixo para os POETAS.
Também aprecio uma "Caña" numa esplanada em Espanha.
EliminarNão sinto o romantismo outonal, nem gosto de cerveja; no outono encontro prenúncios de frio, na Primavera, de um calor que me é bem mais suportável do que o frio...sou, no entanto, uma velha poeta, Teresa :)
EliminarÀ medida que os anos avançam, as memórias da infância são muito mais frequentes.
ResponderEliminarQualquer fotografia, um retrato, uma imagem, às vezes uma palavra, podem despoletar em nós lembranças ternas, outras nem tanto.
Penso que na juventude isso não acontece ou é mais raro acontecer. Estarei errada?
De qualquer forma gostei da simbiose; texto/imagem.
Um abraço.
É verdade, em jovens ainda não temos as nossas memórias organizadas, até nos esquecemos delas.
EliminarBoa Noite, um abraço.
Pressinto
ResponderEliminarque Vivaldi
se inspirou na foto
e na árvore
por ti plantada
ou na tua mãe
tecendo malha
Nem importa a resposta
pois Vivaldi
já a terá dado em sua obra
Vivaldi inspira-nos.
EliminarTodos os dias existem momentos de verdade e embora eu não goste do Outono gosto imenso do poema.
ResponderEliminarBeijocas e um bom dia
O Outono espera por nós lá mais adiante e, nessa altura, gostaremos dele e das suas cores.
EliminarObrigado, um abraço.
Velha e poeta, deixei-me embalar por este magnífico quadro de infinita ternura...
ResponderEliminarForte abraço, L.!
A ternura faz-nos falta.
EliminarObrigado, um abraço.
Lindo e terno poema! Gostei muito. O outono foi a minha estação preferida,dava-se bem com o meu temperamento...Continuo crochetando os meus desejos. Plantei uma oliveirinha a que dei o nome de Maria da Paz, é a minha "árvore da ternura". Para ali irão as minhas cinzas, já disse aos meus filhos e netos que poderão ir ali conversar comigo :) espero não estar muito surda!
ResponderEliminarAbraço amigo. Ah, a Maria da Paz já deu umas azeitoninhas o ano passado!
O Outono é uma bela, estação mas só com o avançar da idade sabemos apreciar.
EliminarQue bonito ter uma oliveira e colher os seus frutos.
Obrigado. Um abraço também.