Foto de Bartolomeu Rodrigues
As nossas dívidas
Devo-te um poemauma promessa de vento
entre um copo e uma sombra
no alvoroço das palavras
numa febre juvenil
verso a verso
Devo-te um poema
se possível narrado
sobre a mesma música
da mesma hora em
que da sombra te mostraste
verso a verso
Devo-te um poema
deves-me uma vida
que levaste na sombra
em prestações suaves
verso a verso
até ao final do poema.
Neste dia da bastilha, cheira a liberdade este poema
ResponderEliminarAté me esquecia do 14 de Julho.
EliminarQuem deve tem que pagar, mesmo que seja em prestações suaves...
ResponderEliminarGostei do poema, é magnífico.
Bom fim de semana, caro Luís.
Um abraço.
Por vezes ficam a dever-nos sendo assim... nada a fazer.
EliminarUm abraço também.
Excelente poema, este que supostamente vem pagar uma dívida. E as palmeiras... ai, as palmeiras...
ResponderEliminarA minha prestação de hoje é suavíssima: a minha Musa só trazia umas moeditas de cêntimo na algibeira...
Forte abraço, L.
As Musas dão o que podem. Não há Musa mais inspiradora do que a nossa vida e a nossa experiência.
EliminarUm abraço.
Deve-se tudo ou nada...Fica o poema magnífico, livre como as palmeiras ao vento....
ResponderEliminarBeijos e abraços
Marta
Decerto ficaremos a dever alguma coisa a alguém, mas também nos ficarão a dever alguma coisa a nós.
EliminarUm abraço.
Todos devemos algo a alguém, Por certo haverá sempre alguém que nos deve algo, nem que seja aquela palavra que traria o sossego à nossa alma inquieta. Agora, deverem-nos uma vida, das duas uma: ou falamos do filho que partiu, na sua febre juvenil, e não mais se lembrou de quem lhe deu a vida, ou, falamos de alguém que nos tirou esse filho, ficando para nós, ou vós, pais, as suaves prestações como se fossem versos de um poema saudoso...Ou serei eu a divagar, sei lá...
ResponderEliminarSó sei que esse edifício e as longas palmeiras, me lembram São Tomé e Príncipe.
Um conjunto vago de saudade e algo mais.
Um abraço.
Todas as situações que enumera são uma possibilidade mas, durante a nossa vida, pode haver alguém que nos fica a dever a vida (não a vida real quando respiramos) mas a vida com os seus caminhos e as suas revelações.
EliminarNão sei ao certo de onde é a imagem, vou tentar saber.
Um abraço.
Príncipe Real, Faculdade de Ciências.
EliminarEm Lisboa?
EliminarSim, sim.
Eliminar👍
EliminarO poema é condizente com a foto...sombria, negra e sem vida. Foi o que senti. porque felizmente ninguém me deve essa vida e vice-versa, que narras, que diria perdida e o tempo não volta atrás. Enfim que posso dizer mais? ADOROOOOOOO ESTE CALOR:))))) e agora vou ver a final da etapa de bike:))))
ResponderEliminarBeijos e uma boa tarde
Felizes os que têm as contas da vida, certas.
EliminarEste calor dá cabo de nós, cansa, faz do verão um suplício, muitos de nós não estamos habituados.
Boa Tarde, um abraço.
Comentário de VENTANA DE FOTO que chegou por mail:
ResponderEliminarSeguro que eres buena pagadora y esa cuenta se saldará con creces.
Besos
Tal vez regrese y pague su deuda. Un abrazo.
EliminarNão sei se te paguei todas as dívidas materiais.
ResponderEliminarMas acho que sim, eram sempre a repartir.
Essas nem sequer prescreveram, porque não existem.
Não te devo nada
Não me deves nada
O resto são cinzas que o vento levou
Num dia junto ao mar
©Piedade Araújo Sol 2022-07-17
Muito adequado este seu poema, que agradeço.
EliminarUm abraço.