Foto de Daniel Filipe Rodrigues
Esteja onde estiver
Quando digo
Até amanhã!
esteja onde estiver
marco no calendário
que trago na memória
a letra do teu nome
Foram as últimas palavras
antes do desencontro
e isso ficou em mim
como um vício
Até amanhã!
esteja onde estiver
num barco que se afasta
no desencontro de um olhar
no silvo de um comboio
numa janela acenando
numa resposta desentendida
esteja onde estiver
perco-me em jogos de palavras
num silvo que se afasta
no desencontro de um comboio
num olhar desentendido
num barco acenando
numa janela sem resposta
Esteja onde estiver
esta dor no peito
há-de castigar-me
de tantas despedidas
Até amanhã!
Digo até amanhã do Castelo de Rosenborg 🇩🇰
ResponderEliminarAté amanhã, obrigado por ter vindo.
EliminarA imagem é de Hamburgo.
EliminarConheço muitíssimo bem o Hamburgo, mas não me lembra desta torre.
EliminarAo ver a fotografia lembrei-me do Castelo de Rosenborg.
Teresa
A Câmara de Hamburgo é, sem dúvida, uma das mais belas de toda a Alemanha.
EliminarClaro que conheço a Câmara de Hamburgo, mas deixei-me influenciar pela cidade onde vive o seu filho mais velho.
Aproveito para retirar o „o“ antes de Hamburgo no comentário anterior.
Teresa Palmira Hoffbauer
É compreensível que tenha confundido dado que estas torres são semelhantes.
EliminarEmbora tenha andado perdida pela torre, não significa que não tenha gostado do poema desta noite.
EliminarA minha dor no peito é de um „até sempre“
Vou andando por aqui.
EliminarPerdi-me totalmente neste silvo do teu comboio/coração e mandei parar e parou mesmo. Respirei fundo e tento sorrir e lá fui eu feita de toda a espécie no balão de sabão como a da foto. Resumindo a vida é feita de encontros e desencontros, de partidas e despedidas mas eu dou-lhes a volta com muita pinta nem que seja a martelo :)))
ResponderEliminarO meu até amanhã resumo numa palavra tão minha e que não esqueço..."inté"
Gostei de vir aqui.
Beijos e um bom dia
É preciosa essa boa disposição, uma forma de resistência aos momentos mais difíceis da vida, como quem diz "a martelar os pregos da tristeza".
EliminarObrigado pela visita e pela nota de agrado.
Um abraço.
A imagem é bela - e muito interessante... - , mas foi o poema que mais me impressionou porque traz consigo uma tal carga de angustiada culpa (?) - assim o li... - que me foi difícil imaginar a causa de tanta angústia.
ResponderEliminarDigo "até amanhã" ao M.R., quase todos os dias, ao senhor C. L. que me vem trazer o almoço, todos os dias excepto aos fins de semana e vésperas de feriado e aos meus três ou quatro companheiros de café, quando lá vou. É sempre tão leve quanto essas bolhas de sabão, o meu "até amanhã", mesmo que me sinta tão mal que pressinta que esse amanhã pode nunca chegar a materializar-se.
Desculpe-me por falar tanto de mim, mas é como se a sua poesia me instasse a fazê-lo...
Forte abraço, L.!
Registo com agrado a sua sinceridade que, sem dúvida, dá mais conteúdo ao que aqui se publica. É compensador para mim ler a última frase do seu comentário.
EliminarUm abraço também para si.
Neste perder-se em jogos de palavras consegue o autor compensar, na emoção que nos passa, a impessoalidade fria da imagem.
ResponderEliminarGostei muito deste poema. Ofuscou completamente a imponência dessa Torre.
Até amanhã, mesmo sem ter a certeza de vir ou estar, é sempre um raio de luz e esperança, bem diferente de um "Adeus".
Muito bom e muito bem pensado.
Um abraço.
Embora fria, achei a imagem muito curiosa e poética.
EliminarDizemos sempre até amanhã mesmo sem o poder absoluto de decidir que assim seja.
Vou estando por aqui.
Um abraço.
Gosto da foto, especialmente pela contradição entre a majestosa e pesada torre e a leveza e simplicidades das bolas de sabão, ambas desafiando o tempo.
ResponderEliminarO poema, é intenso, revela uma saudade angustiante, que o até amanhã tenta mascarar. Porque diferente do adeus que parece o ponto final de qualquer despedida, quando dizemos até amanhã, dizemo-lo pensando na separação curta de algumas horas, ( embora todos saibamos que a vida se pode acabar em minutos, não pensamos nisso quando o dizemos, do mesmo modo que não pensamos que não vamos chegar a acordar quando à noite pomos o relógio a despertar para a manhã seguinte). Mas tal como a torre e as bolas de sabão, também o até amanhã está em contradição com a angústia revelada no poema.
Abraço e saúde e bom fim de semana
Agradeço a profundidade do seu comentário, uma análise que leio várias vezes. A vida é, de facto, surpreendente tanto para o bom como para o mau.
EliminarAmanhã cá estaremos, pelo menos é o que desejamos.
Bom fim de semana.
Um abraço.
Las despedidas son dolorosas y sobretodo sin tener noticias de esa persona.
ResponderEliminarFeliz fin de semana. Besos.
Todas las despedidas son tristes e inolvidables. Un abrazo.
EliminarCaro Poeta/Pintor
ResponderEliminartambém é a minha frase de despedida sou incapaz de dizer Adeus.
até amanhã é mais suave.
Bom fim-de-semana
:)
De acordo.
ResponderEliminarUm abraço.