Partilho a Primavera 


Os teus seios como são fortes

e luminosos os teus seios

como se agitam com a tua voz

por isso te provoco as palavras

e finjo que não ouço 

para que repitas ___ com mais ímpeto 

Os teus seios como falam

mais belos na luz quebrada

dos sentidos que valorizo 

na urgência do apelo da minha pele

Vem ___

___ senta-te à mesa do meu corpo

tenho uma papoila a nascer na minha boca

quero partilhar contigo esta Primavera.




 

14 comentários:

  1. Teresa Palmira Hoffbauer16 de agosto de 2022 às 00:50

    Um breve e tempestuoso festim — sendo a papoila delicada de uma beleza demasiado pródiga.

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  2. Há algum tempo que ja aquo nao comwntava
    E ainda bem que nada mudou

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  3. O seu a seu dono...não confundamos as estações do ano nem os desejos legítimos da juventude, com os desejos de agora.
    Sei que o tempo de possuir seios fortes, rijos e luminosos, já lá vai.
    Para quê desejar e sonhar com o que já não possuímos e, logo, não podemos oferecer?
    A Poesia não pode valer tudo, uma vez que não traz de volta a juventude perdida.
    Falemos das coisas que nos fazem bem e nunca se alteram com o pssar dos anos. Os afectos, por exemplo.
    A mesa do corpo de ontem não é o mesma que é hoje. O banquete será servido com outras iguarias, apetecíveis aos sabores actuais, onde a ternura será o prato princpal. Os sonhos, sim, podem continuar a ser os mesmos.

    Hoje é, para mim, um dia triste. A minha vinda até aqui, às Nuvens, Brancas e Negras, não me trouxe o bálsamo desejado para ungir as feridas da saudade que não cheguei a mitigar... Há em mim uma dor que não sei explicar.
    O meu pequeno /grande Amor, rumou há poucas horas em direcção às águas quentes do mar algarvio.
    Tudo me soube a pouco. No sei como definir a dor imensa que sinto a apertar-me o peito. Espero que não seja o prenúncio de uma despedida...
    Levo comigo a sua bela papoila rubra, Luís. As palavras, deixo-as para os amantes de outros amores .

    Pensei ir preparando o meu retorno ao Cantinho da Janita, mas ainda não sinto o apelo nem a vontade que dantes sentia.
    Vou aguardar dias mais venturosos e apelativos.

    Um abraço.
    ( Peço desculpa pelo desabafo)



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    1. Sensibilizou-me esse seu estado de espírito. Penso que sei ao que se refere, as visitas dos filhos e dos netos que estão longe, são assim, limitadas, nunca preencherão o lugar vazio que deixaram por mais dias que ficassem. Sei do que fala, dentro de sete dias terei a mesma experiência.
      Quanto ao texto, compreendo que hoje já não é como ontem, por isso publicarei um texto mais adequado às realidades de hoje.
      O tempo resolve quase tudo.
      Um abraço.

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    2. Sim, nada como um dia após o outro.
      Agradeço-lhe a compreensão.

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  4. Comentário de Paula Saraiva recebido por mail :

    Lindo poema.
    Gostei bastante. Beijinhos

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  5. Falas sempre no passado numa ânsia quase doentia como se o tempo tivesse parado. O ontem já era, o hoje já decorre e amanhã nunca conseguiremos saber como será. Um poema que me suscita sentimentos tristes o que não desejo de todo mas respeito a tua vontade! Gostei da papoila.
    Beijos e um bom dia

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    1. O passado é o armazém de ideias e experiências, quando se escreve essa é uma importante fonte a que a imaginação recorre.
      Um abraço.

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  6. uma saudade do que foi
    um desejo
    e uma papoila rubra e delicada

    gostei...

    :)

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